Economia

Intenção de Consumo das Famílias oscila negativamente em setembro e encerra trimestre em estabilidade

Pesquisa mostra que melhora do cenário econômico contribuiu para estabilidade do índice, mesmo com oscilação negativa em setembro
Intenção de Consumo das Famílias oscila negativamente em setembro e encerra trimestre em estabilidade
Fecomércio MG tem perspectiva mais otimista em relação ao consumo para restante do ano com Desenrola e 13º salário | Crédito: Alessandro Carvalho

O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de Belo Horizonte oscilou 1,8 ponto para baixo em setembro em relação a agosto, conforme pesquisa da Fecomércio MG. Com pontuação de 98,0, o ICF fecha o 3º trimestre no mesmo patamar que entrou, próximo dos 100 pontos, valor correspondente à neutralidade. Como está abaixo dos 100, a pesquisa indica insatisfação – ainda que pequena – dos consumidores em relação às condições de vida das suas famílias.

Para 54% dos entrevistados, o nível de consumo da família está igual ou maior do que o ano anterior. Já para 46%, o consumo diminuiu. Em relação à perspectiva de consumo para os próximos meses, 28,3% acreditam que sua família irá consumir mais em relação ao segundo semestre de 2022, enquanto para 43,4% o consumo permanecerá o mesmo e 26,9% creem que irá diminuir.

O economista da Fecomércio MG, Gilson Machado, acredita que a melhora no panorama econômico do País, baseado nos juros, inflação e mercado de trabalho, contribuiu para a estabilidade do ICF. “O ambiente econômico está mais favorável frente aos últimos meses. O Banco Central já sinalizou desaceleração para a taxa básica de juros, que deve fechar o ano em 11,75%, a inflação segue dentro da meta, o mercado de trabalho formal segue gerando novas oportunidades e aumento no poder de compra das famílias tem corroborado para que o Indicador de Consumo das Famílias se mantenha estável na capital mineira”, disse.

O índice de acesso ao crédito apresentou uma queda de 3,1 pontos em comparação com a última análise, de agosto. Já em relação à avaliação realizada em 2022, a desse ano supera em 8,3 pontos. Para 43,6% dos consumidores, está mais difícil conseguir empréstimo/crédito para compras a prazo, em comparação ao ano passado, enquanto para 29,5% está mais fácil e 24,2% está igual.

O economista tem uma perspectiva mais otimista em relação ao consumo para o restante do ano. A tendência é que ações como o Desenrola e o 13º salário contribuam para que as famílias terminem o ano de 2023 em condições de consumo bem mais favoráveis do que 2022. “Espera-se que com as medidas adotadas para reintegrar famílias ao mercado de consumo e pagamento do 13º salário, somado à melhora do ambiente econômico, faça, com que o último trimestre do ano siga a tendência de ascendente do indicador, encerrando o ano próximo à neutralidade, de 100 pontos. Cabe destacar que, em 2022, o ICF encerrou na região de insatisfação, com 81,2 pontos”, finaliza.

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