Intenção de consumo na capital mineira registra 7ª alta consecutiva em fevereiro

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) segue aumentando em Belo Horizonte e registrou a sétima variação positiva consecutiva em fevereiro.
O número apresentou um incremento de 0,2 ponto no segundo mês do ano na comparação com janeiro, passando de 94,4 pontos para 94,6 pontos. Já no acumulado de sete meses, o avanço registrado foi de 10,9 pontos.
O indicador é apurado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Apesar da expansão verificada pela entidade, os números ainda estão abaixo dos 100 pontos, que é o limite entre a insatisfação e a satisfação. Somente as famílias com renda superior a dez salários mínimos conseguiram ultrapassar essa barreira, atingindo os 108,8 pontos.
Para chegar até o ICF, são consideradas as avaliações feitas pelos consumidores sobre condição de vida da família, capacidade e qualidade de consumo atuais e em curto prazo, nível de renda doméstico e segurança no emprego.
Conforme destaca a economista da Fecomércio-MG, Bárbara Guimarães, alguns subindicadores tiveram destaque. O índice de emprego atual, por exemplo, aumentou 3,8 pontos em fevereiro em relação a janeiro, passando de 120,4 pontos para 124,2 pontos. “Isso mostra que as pessoas estão satisfeitas com o emprego atual, se sentem mais seguras”, afirma.
Houve crescimento também em relação à perspectiva profissional, que saiu dos 98,5 pontos em janeiro e atingiu 102 pontos em fevereiro, chegando também ao nível de satisfação.
O item que indica o nível de satisfação com a renda atual também ultrapassou os 100 pontos no segundo mês do ano, apesar de ter diminuído de janeiro para fevereiro, caindo de 106,6 pontos para 105,8 pontos.
Já quando se trata do item perspectiva de consumo, a queda foi mais acentuada, de 1,9 pontos. Enquanto o número registrado em janeiro foi 97,7, em fevereiro recuou para 95,8.
“As famílias estão retomando o consumo, mas de forma mais cautelosa”, destaca Bárbara Guimarães.
Além disso, lembra ela, estão evitando consumir bens duráveis, sendo que o indicador que comprova essa afirmação baixou dos 64,4 pontos registrados em janeiro para 61,9 pontos em fevereiro. “Isso se dá porque esses itens exigem um investimento maior”, frisa Bárbara.
No entanto, diz ela, a retomada, aos poucos, da intenção de consumo, mostra que as pessoas estão atentas aos pequenos pontos de melhoria.
“Há uma melhora no cenário macroeconômico. O acesso ao crédito, por exemplo, ficou melhor, graças ao fato de a Selic estar baixa. Além disso, há a inflação controlada e a taxa de desemprego diminuindo, o que deixa as pessoas em um certo nível mais confortável”, avalia.
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