Economia

Intenção de lançamento de produtos pela indústria cai em Minas

Dados são de levantamento divulgado pela GS1 Brasil
Intenção de lançamento de produtos pela indústria cai em Minas
Apesar da retração observada em dezembro, foi apurado um incremento de 9,7% no ano passado | Crédito: Divulgação

O Índice GS1 de Atividade Industrial em Minas Gerais teve recuo de 16,7% em dezembro de 2022, frente a novembro do mesmo ano, na série livre de efeito sazonal. O indicador mede a intenção de lançamento de produtos por meio dos pedidos de códigos de barras pelas empresas. Em igual comparação, o índice apurado pela Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil também teve queda nacional (-26,2%).

O resultado não causa preocupação e contempla questões típicas do último mês do ano, segundo a head de Pesquisa & Desenvolvimento da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, Marina Pereira. “O foco de dezembro são as vendas”, observa. Ela acrescenta que a base de comparação é forte, já que em novembro o índice teve alta de 11% no Estado em relação a outubro, que pode ser fruto da renovação de portfólio para 2023, em especial, para datas importantes do primeiro semestre, como o Dia das Mães.

Nas demais comparações, o Índice GS1 no Estado teve alta. No último mês de 2022 na comparação com dezembro de 2021, o incremento foi de 5%. E no acumulado dos 12 meses, a elevação foi de 9,7%, acompanhando o crescimento nacional (9,9%) em relação ao mesmo intervalo de 2021. No Brasil, em dezembro de 2022 ante o último mês de 2021, o desempenho foi diferente, com queda de 7%.

A especialista observa que 2022 foi o ano de recuperação dos lançamentos, depois de três anos com o acumulado de 12 meses em queda. “O indicador iniciou o ano de 2022 de forma tímida e começou a apresentar uma evolução positiva a partir do mês de agosto, mantendo-se firme até novembro”, destaca. Em 2021, o recuo foi de 0,3% no País.

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Retomada

Para 2023, a perspectiva é de continuar a retomada iniciada no ano passado. “O resultado nos dois primeiros meses do ano são normalmente mais tímidos. É o período em que as indústrias fazem os balanços dos resultados do ano anterior e começam a elaborar as estratégias para o ano”, observa.

Na análise do acumulado dos 12 meses, os segmentos que puxaram a alta nacional foram vestuário e têxtil, com incremento de 19,5% e 6,5%, respectivamente, frente ao mesmo intervalo de 2021. “A volta mais intensa ao presencial, bem como dos eventos, são alguns dos fatores que colaboraram para o resultado”, diz a head de Pesquisa & Desenvolvimento. Ela acrescenta que a cadeia da moda já conta com lançamentos constantes de coleções. Para os estados, não é divulgado o desempenho por segmentos.

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