Economia

Intensidade de chuvas em MG prejudica setor produtivo

Intensidade de chuvas em MG prejudica setor produtivo
Chuvas que atingiram Minas Gerais na semana passada causaram, pelo menos, 47 mortes - Crédito: REUTERS/Cristiane Mattos

As fortes chuvas que atingem Minas Gerais nos últimos dias, além de terem deixado pelo menos 100 cidades em situação de emergência e terem matado dezenas de pessoas entre a última sexta-feira (24) e o domingo (26), já provocam prejuízos também na economia do Estado. Com o alto índice pluviométrico e a falta de infraestrutura urbana adequada para escoamento da água, empresas de diversos setores precisaram suspender as operações e atividades de forma preventiva ou após serem atingidas por enxurradas.

A Fiat Chrysler Automóveis (FCA), com planta em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), por exemplo, optou por cancelar o segundo turno de produção na última sexta-feira, liberando os funcionários da fábrica, assim como todo o corpo de administração. Segundo a assessoria de imprensa da companhia, a ação ocorreu em função dos alertas de risco emitidos pela Defesa Civil do município devido às chuvas na capital mineira.

Fábricas de outros setores e empresas de diferentes segmentos, como comércio e serviços também adotaram algumas medidas como forma de amenizar os impactos com as chuvas dos últimos dias. Agências, escritórios, galerias, lojas e outros estabelecimentos dispensaram os funcionários ou permitiram que os mesmos trabalhassem de casa de maneira preventiva ou até que se restabeleça a ordem em suas dependências – no caso das unidades atingidas, de alguma maneira, pelas chuvas.

Na semana passada, a capital mineira registrou a maior chuva da história, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Considerando o período de 9 horas de quinta-feira (25) às 9 horas de sexta, o acumulado de chuva chegou a 171,8 milímetros. Foi o maior volume registrado em 110 anos, desde que as medidas meteorológicas começaram a ser feitas em Belo Horizonte.

A reportagem entrou em contato com as principais entidades representativas dos setores de indústria, comércio e serviços do Estado e de Belo Horizonte para coletar detalhes dos prejuízos. Todas informaram ainda não ter contabilizado as perdas. No entanto, cada uma tem adotado diferentes medidas para auxiliar os atingidos – sejam eles associados ou não.

Ações – A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), por exemplo, informou que está liderando um movimento junto às indústrias mineiras em prol dos atingidos, se juntando ao governo do Estado e à Cruz Vermelha para a estruturação de uma série de ações para minimizar o sofrimento de milhares de mineiros.

“Neste primeiro momento, a Federação se reuniu com o Serviço Voluntário de Assistência Social de Minas Gerais (Servas) para levantar as necessidades prioritárias para o atendimento às vítimas e abriu um canal direto – pelo telefone (31) 3263-4317 – para que as indústrias doadoras possam entrar e contato e enviar os itens mais demandados. Neste momento, são: 5 mil colchões, 10 mil conjuntos de lençóis e cobertores, material de limpeza, água e cestas básicas sem limite de quantidade”, informou por meio de nota.

Já a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) está fazendo a interlocução entre os comerciantes associados e o poder público em casos necessários de algum tipo de reparação. A intenção, conforme a entidade, é agilizar as soluções em casos de quedas de árvore, estragos no asfalto, passeio, rede elétrica, etc.

A Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas) está coletando donativos, em especial roupas e alimentos, destinados à população afetada na capital mineira e na RMBH. Os itens podem ser entregues nos dias úteis, na sede da entidade, na região central de Belo Horizonte.

Por fim, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG) disse que ainda está estruturando suas ações.

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