Economia

Interior de MG ganha duas usinas fotovoltaicas

Nanuque, com unidade já inaugurada, e Cássia, no Sul do Estado, foram os locais escolhidos para instalação de unidades fotovoltaicas
Interior de MG ganha duas usinas fotovoltaicas
Planta em Nanuque é capaz de produzir 6,75 megawatts - pico (MWp), através de raios solares captados por cerca de 15 mil painéis | Crédito: Divulgação

A pequena Nanuque, localizada na região do Vale do Mucuri, ganhou nesta semana um amplo empreendimento para a geração de energia solar distribuída. Esta é a primeira usina do gênero implantada pelo Grupo Interalli no Estado. Em amplitude de geração, a planta é capaz de produzir 6,75 megawatts – pico (MWp), através de raios solares captados por aproximadamente 15 mil painéis, também denominados módulos.

Para uma produção em escala anual, a geração de energia pode alcançar 12.610MWh. O sócio-diretor do Interalli, Plauto Neto, revela que uma obra com os mesmos padrões da inaugurada em Nanuque segue em construção na cidade mineira de Cássia, situada no Sul do Estado. “Juntas, as usinas somam um investimento de R$ 56 milhões”, destaca.

Para a instalação das usinas, Plauto Neto enfatiza que foram realizados estudos para compreender o impacto em sentido de beneficiar a população das duas cidades. No total, 14 mil consumidores de baixa tensão conectados à rede da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) serão beneficiados.

“Os empreendimentos envolvem todas as comunidades, que não são tão grandes assim, mas que estão localizadas em regiões capazes de oferecer um potencial gerador de bastante riqueza energética”, enfatiza o empresário.

Para atender à grandiosidade das usinas fotovoltaicas, cada planta compreende uma área total de 20 hectares, um total de 200 mil m², o que corresponde a 242,42 campos de futebol. “São empreendimentos muito importantes para estas cidades, pois contribuem para a economia local, além de contribuir com o abastecimento da região, beneficiando a cadeia produtiva e os lares que obtêm consumo de baixa tensão”.

“As usinas de Nanuque e Cássia são praticamente idênticas, com desempenhos de forte fomento à economia, porém com pouca diferença de geração de energia”. Segundo ele, a planta de Cássia pode gerar anualmente 13.506 MWh, cerca de 896 MWh a mais do que a operação em Nanuque. A obra em Cássia está prevista para ser finalizada entre o final de setembro e início de outubro.

Plauto Neto enfatiza que os investimentos não param por aí. Assim como em Nanuque e em Cássia, outra aposta é avaliada em municípios da região Central do Estado. O próximo empreendimento, ainda não revelado, também deve garantir mais energia limpa e renovável.

Segundo um levantamento recente realizado pelo Ministério do Meio Ambiente, em 2030, cerca de 25% de toda a matriz energética produzida no País será proveniente das fontes eólica e solar.

Para a realidade atual, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fez estudos que apontaram uma evolução histórica a nível nacional. De acordo com os dados, o Brasil já ultrapassou os 16 gigawatts (GW) de potência instalada em energia solar. Isso é consequência da soma dos 5 GW oriundos de usinas de grande porte, ou seja, com geração centralizada, e dos 11 GW em módulos de energia instalados em lares e estabelecimentos comerciais. “A usina fotovoltaica permite fornecer energia distribuída com custos menores e também construindo com zero emissão de gás poluente na atmosfera”, conclui o sócio-diretor.

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