Economia

Inverno deve impulsionar venda de bebidas destiladas em Minas Gerais

Setor projeta alta para o período entre 3% e 5% no Estado; já o segmento prevê incremento maior, de 7% a 10%, frente ao mesmo período de 2024
Inverno deve impulsionar venda de bebidas destiladas em Minas Gerais
Entre os destilados, as chamadas bebidas quentes, estão as cachaças, que devem ter alta nas vendas | Foto: Divulgação IMA

Com a redução de temperatura, o perfil de consumo de bebidas no Estado deve ser alterado. A cerveja perde espaço e as bebidas destiladas passam a ganhar destaque nas vendas, segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais, (SindBebidas), Mário Marques. Ele explica que bebidas alcoólicas mais encorpadas e consumidas em ambientes fechados ganham mais espaço durante o inverno.

“Tradicionalmente, o consumo de cerveja, uma bebida associada ao calor e aos eventos ao ar livre, tende a recuar durante o inverno. Em contrapartida, as vendas de bebidas mais quentes, como cachaças, vinhos, destilados (whisky, gin, etc.), tendem a subir. Acaba que um segmento compensa o outro”, observa o dirigente. Ele acrescenta que a indústria e o comércio buscam estratégias para estimular o consumo de bebidas quentes, como promoções e lançamentos de produtos sazonais.

Marques aposta numa alta de 3% a 5% do setor de bebidas durante o inverno, puxada pelos destilados, com incremento de 7% a 10% frente ao mesmo período de 2024. No caso da cerveja, a perspectiva é de recuo na comparação com o verão e de manutenção das vendas no mesmo patamar do inverno passado. “O setor está otimista por causa do frio, que está mais persistente este ano”, diz.

O dirigente explica que o desempenho da atividade é diferente conforme o tipo de produto e estima resultado de empate no resultado geral no acumulado dos cinco primeiros meses de 2025 frente ao mesmo intervalo do exercício anterior.

No caso da cerveja, a perspectiva do presidente do SindBebidas é de crescimento no mesmo patamar de 2024, entre 2% e 3%, enquanto que a expectativa era de alta de 5% a 7%. “Só que temos o segundo semestre, que é uma caixinha de surpresa, pois envolve a questão da temperatura e a quantidade de eventos para o fim do ano, o que influi no desempenho”, diz. O dirigente destaca que as vendas dos drinques prontos, sejam os alcoólicos e sem álcool, vem apresentando bons resultados “surpreendendo ano a ano”.

Lançamento de bebidas ganha destaque no País

Nacionalmente, em maio, o setor de bebidas registrou o maior avanço entre os segmentos monitorados pelo Índice GS1 Brasil de Atividade Industrial, que mede a intenção de lançamento de produtos no Brasil, por meio dos pedidos de códigos barras pelas empresas.

Segundo a Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, o segmento cresceu 27,3% na comparação com abril, em dados dessazonalizados. Na comparação anual, o resultado também foi positivo, com incremento de 7,7%. No acumulado dos últimos 12 meses, o setor ainda apresenta queda de 4,5%.

Enquanto bebidas avançaram, os demais setores monitorados apresentaram retração. O segmento de produtos diversos teve queda de 49,9% em relação ao mês anterior. Têxtil recuou 40,2%, e vestuário e acessórios, 35,3%. Alimentos caíram 28,7%.

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