Economia

Invest BH avança em processo de estruturação

Agência de atração de investimentos será formalizada como uma associação
Invest BH avança em processo de estruturação
Crédito: Divulgação/Invest bh /TSX

A Invest BH, que tem como objetivo atrair e fomentar investimentos em Belo Horizonte, está em estruturação para ser formalizada como uma associação do terceiro setor. Assim, como uma associação privada, que pode contar também com entes públicos, é esperada uma performance melhor frente aos resultados alcançados pelas genuinamente públicas. O objetivo é reunir parceiros e realizar ações que possam atrair investidores para a Capital.

O CEO do TSX Group, Paulo Eduardo Pinto, explica que o propósito da Invest BH é ser uma agência de atração de investimentos. No mundo, estas agências têm duas vertentes de ação: as públicas e as associações do terceiro setor com interesse público. 

“Dado o perfil histórico, as agências privadas, ou seja, as agências do terceiro setor que são privadas com interesse público, elas performam melhor em resultados do que as agências puramente públicas”.

Ainda segundo Pinto, as associações do terceiro setor têm a vantagem de não ficarem reféns de uma orientação política, vinda de quem está ocupando o governo no período.

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“Então, elas são mais livres, são mais retilíneas. Há uma capacidade maior de regularidade na continuidade dos programas e dos projetos. Ou seja, ela fica alheia a essa agenda de interesse político, que pode estar permeado por outros interesses que não, objetivamente, a atração de investimentos”.

A Invest BH é uma iniciativa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), com apoio da Invest Minas, da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede). A TSX Invest, braço da TSX Group, presta apoio técnico e metodológico.

Invest BH será mais técnica e célere

O CEO do TSX Group, Paulo Eduardo Pinto, explica ainda que a adoção da vertente de associação do terceiro setor fará com que a Invest BH seja uma agência mais técnica e permeada por interesses da sociedade como um todo. 

“Então, o propósito da Invest BH está dentro dessa linha de ser uma associação privada com interesse público. Isso vai mais ao encontro dessa modernidade que é amparada por bibliografias das melhores práticas universais do tema, como o Banco Mundial, que recomenda esse perfil de associação. Desta forma, a agência privada é parte do movimento, genuinamente, investidor, que é o setor privado que capitaneia”. 

Por trabalhar sem motivações políticas, a agência também se torna mais técnica, mais leve e muito mais célere. “Há também uma continuidade dos programas e dos projetos já que ela não sofre por problemas de interrupção de evolução de continuidade”.

Estruturação da Invest BH

A estruturação da Invest BH vem sendo conduzida pela TSX Invest, parte integrante da TSX Group. Segundo o CEO do grupo, o conhecimento técnico e metodológico da TSX visam ensinar como implantar e operar uma agência de atração de investimentos conforme as melhores práticas universais. 

“O Brasil, na verdade, está bem distante dessas práticas”. Ele explica que hoje, no expoente de agência de investimento, existem apenas três, que são referência no Brasil, mas, nenhuma privada. A Apex, que é pública federal, a Invest Minas e a Investe São Paulo, que também são públicas.

“Aqui em Minas, a gente tinha o Idi, que, nos primórdios, funcionou de forma muito eficiente, depois entrou em um processo de ostracismo que durou muitos anos. Agora, no governo atual, ele volta na condição de Invest Minas a esse protagonismo. Então, a gente vê que, realmente, a bibliografia mundial não está errada em dizer que a agência sofre por problema de continuidade. Se não houver uma motivação política que oriente o trabalho da agência, como é o caso hoje do Invest Minas, ela deixa de existir”.

Assim, estruturar a Invest BH para ser uma associação do terceiro setor é mais importante. “Como agência privada com interesse público, ela é uma força motriz por si só. O setor privado se interessa pelo propósito que é a diversificação econômica, a atração de investimentos, a promoção de prosperidade, entre outros”.

Atração de investimentos

Ainda que a Invest BH esteja em fase de estruturação, já estão em desenvolvimento ações para atrair novos aportes para Belo Horizonte. Uma delas é o Café Setorial, que busca maior aproximação das empresas.

A edição mais atual aconteceu essa semana, reunindo empresas do setor Imobiliário e malls. O objetivo é apresentar o Invest BH para estas empresas e também ouvir as demandas, dores, gargalos, sugestões dos setores.

Conforme o diretor da Invest BH, Cássio Coutinho Ferreira, a ideia é, realmente, atrair investimentos e tornar Belo Horizonte um polo em alguns segmentos. Foi feito um mapeamento e definidos segmentos potenciais.

“Belo Horizonte tem vários segmentos potenciais que podem atrair investimentos. Como o intelectual, já que a cidade conta com escolas, faculdades e universidades muito boas. É um atrativo para centros de pesquisas e de desenvolvimento. Tem potencial também nos negócios de biomedicina, biotecnologia, a chamada ciências da vida. Já estamos interagindo com empresas de tecnologia, de mineração, do setor imobiliário, medicina, entre outras. Ainda é confidencial, mas já temos um case de sucesso que foi atraído no setor de tecnologia e inovação”, Ferreira.

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