Economia

Investidores reduzem para R$ 620 bilhões estimativa de economia com reforma

Investidores reduzem para R$ 620 bilhões estimativa de economia com reforma
Proposta prevê um sistema previdenciário híbrido, com repartição e capitalização, para começar a funcionar em 2020 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Brasília – Os investidores reduziram a expectativa de economia ao longo da próxima década com a reforma da Previdência para R$ 620 bilhões, contra R$ 690 bilhões apenas dois meses atrás, de acordo com a estimativa média de uma pesquisa com clientes da Morgan Stanley.

Embora 95% dos mais de 125 entrevistados esperem que o Congresso acabe aprovando a reforma da Previdência, a jornada lenta e complicada do projeto de lei nas últimas semanas forçou os investidores a reduzir suas expectativas.

Uma economia de R$ 620 bilhões seria uma expectativa “mais razoável”, segundo o Morgan Stanley. Mas isso representaria apenas metade da meta revisada para cima de R$ 1,237 trilhão, anunciada no início deste mês pelo governo.

A estimativa média mais recente é 10% menor que a pesquisa anterior com clientes do Morgan Stanley em fevereiro e mascara algumas mudanças de opinião notáveis em apenas dois meses.

Agora, 42% dos entrevistados esperam uma economia de R$ 600 bilhões ou menos, mais que o dobro dos 20% de fevereiro, enquanto a porcentagem de entrevistados prevendo R$ 500 bilhões ou menos triplicou de 4% para 12%.

A parcela daqueles que esperam uma economia de R$ 700 bilhões a R$ 800 bilhões caiu para 16%, quase metade dos 29% em fevereiro, e a proporção de investidores que esperam mais de R$ 800 bilhões caiu de 18% para 11%, mostrou a pesquisa.

O grande aumento foi na faixa de uma economia de R$ 500 bilhões a R$ 600 bilhões. Cerca de 30% dos entrevistados esperam agora esse nível de economia, quase o dobro dos 16% em fevereiro.

Aprovação – Os investidores esperam esmagadoramente que a Câmara dos Deputados aprove a reforma no segundo semestre deste ano. Apenas 5% dos entrevistados esperam a aprovação na Casa antes do final de junho, meta que parlamentares e autoridades do governo do presidente Jair Bolsonaro ainda pretendem atingir.

Trinta por cento dos entrevistados disseram que a votação na Câmara ocorrerá em agosto, 23% falaram em setembro e 20% citaram julho. Na última pesquisa, 39% dos investidores esperavam uma votação na Câmara dos Deputados no primeiro semestre do ano, provavelmente em junho.

A pesquisa também mostrou que o otimismo dos investidores sobre o real diminuiu. Os clientes veem o real se fortalecendo um pouco até o final do ano, para 3,85 por dólar, de pouco menos de 4,00 atualmente, em vez de 3,60 na pesquisa anterior. (Reuters)

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