Investimentos da Copasa até setembro batem recorde

Entre janeiro e setembro deste ano, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) investiu, incluindo as capitalizações, R$ 1,56 bilhão em obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário. O montante foi histórico e representou uma alta de 30,7% ante igual intervalo de 2023. Os dados constam em balanço divulgado nesta segunda-feira (4).
“Esse volume de recursos é recorde na história da companhia e segue mirando não apenas o atingimento das metas de cobertura estabelecidas pelo Novo Marco Legal do Saneamento, mas também a melhoria da eficiência dos serviços prestados”, informou a empresa.
A Copasa aplicou R$ 735,6 milhões em intervenções para expandir ainda mais e melhorar o serviço de fornecimento de água – a companhia já superou o índice imposto pela legislação, de 99% de cobertura. Os valores também foram destinados à melhoria na hidrometração e à redução de perda, com destaque para aquisição de macro e micromedidores de vazão.
Outros R$ 601,4 milhões em investimentos tiveram como destino as obras de ampliação dos serviços de coleta e tratamento de esgoto dos municípios atendidos pela Copasa – até setembro, o índice de cobertura global da empresa mineira de saneamento era de 77,1%.
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No acumulado dos três trimestres, a Copasa ainda aportou R$ 33,4 milhões em desenvolvimento empresarial e operacional, além de R$ 184,6 milhões em capitalizações.
Empresa revê plano de investimentos para 2025-2028
Com a cifra investida nos nove meses, a companhia se aproxima do aporte programado para 2024, de R$ 1,8 bilhão. O valor faz parte do plano de investimentos aprovado pelo Conselho de Administração da empresa para o quinquênio até 2028, de R$ 9,8 bilhões.
“Já para os anos de 2025 a 2028, o plano está sendo revisto e deverá refletir o novo patamar de investimentos que a companhia tem alcançado em 2024”, disse a Copasa.
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Copasa tem lucro de R$ 368,3 milhões no trimestre
No terceiro trimestre deste ano, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais reportou resultados financeiros positivos. O lucro líquido, por exemplo, chegou a R$ 368,3 milhões, valor 9,3% superior ao registrado no mesmo período do último exercício.
“O resultado ajustado do terceiro trimestre de 2023 desconsidera as reversões extraordinárias e não-recorrentes de R$ 155,1 milhões, bem como os efeitos decorrentes dessas reversões (basicamente, os efeitos tributários), referentes a acordo celebrado em Ação Coletiva Trabalhista naquele trimestre”, ressaltou a empresa.
O Ebitda alcançado pela Copasa, entre julho e setembro de 2024, foi de R$ 725,7 milhões, alta anual de 13,6%. A margem Ebitda ajustada subiu dois pontos percentuais, para 40,5%.
A receita líquida de água, esgoto e resíduos sólidos da empresa totalizou R$ 1,78 bilhão, acréscimo de 9,6%. Segundo a companhia, essa elevação reflete a aplicação das novas tarifas, em função do reajuste de 4,21%, vigente desde 1º de janeiro, e pelo incremento de 3,5% no volume medido de água e de 3,6% no volume medido de esgoto.
Os custos e despesas da Copasa no terceiro trimestre chegaram a R$ 1,21 bilhão, avanço de 6% em relação à igual intervalo do ano passado. Já a dívida líquida chegou a R$ 5,15 bilhões em setembro, enquanto a relação dívida líquida/Ebitda atingiu 1,8x.
Quedas na inadimplência e no índice de perdas de água da Copasa
A Copasa também registrou no fechamento de setembro, queda na inadimplência, que atingiu o menor índice dos últimos sete anos, de 2,97%, contra 3,07% no mesmo mês de 2023, e redução do índice de perdas de água, passando de 38,9% para 38,4%.
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