Economia

Investimentos da Copasa até setembro deste ano totalizaram R$ 2 bilhões

Foram R$ 956,4 milhões direcionados para água, R$ 660,5 milhões para esgoto, R$ 95,4 milhões para desenvolvimento empresarial e operacional, além de R$ 253,7 milhões em capitalizações
Investimentos da Copasa até setembro deste ano totalizaram R$ 2 bilhões
Foto: Divulgação / Copasa

Os investimentos realizados pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), entre janeiro e setembro de 2025, somaram R$ 2 bilhões. Em comparação ao mesmo período do ano passado, os aportes aumentaram 26%. Foram R$ 956,4 milhões direcionados para água, R$ 660,5 milhões para esgoto, R$ 95,4 milhões para desenvolvimento empresarial e operacional, além de R$ 253,7 milhões em capitalizações.

Em teleconferência nesta terça-feira (4) para apresentação dos resultados, o diretor financeiro e de Relações com Investidores da empresa, Adriano Rudek, destacou que a meta de investir R$ 2,5 bilhões neste ano está próxima de ser alcançada. Nesse contexto, vale pontuar que, em 2024, as inversões bateram recorde, totalizando R$ 2,2 bilhões.

“Os investimentos são um dos principais pilares do nosso plano de crescimento sustentável, uma vez que cada investimento feito, além de melhorar a qualidade dos serviços prestados e, obviamente, atender também melhor a população, melhora a eficiência em vários aspectos e aumenta a base de remuneração dos ativos”, afirmou.

A partir de 2026, a Copasa deve investir, em média, R$ 3,5 bilhões por ano. A empresa mantém um programa plurianual de aportes, iniciado em 2025, com término em 2029, de R$ 17 bilhões, um montante histórico para a companhia.

Segundo ele, os investimentos programados visam alcançar a universalização do saneamento dentro do prazo legal (até 2033), mas também foca em outros objetivos, como a qualidade dos serviços, a segurança hídrica e a redução de perdas. Conforme Rudek, há muito espaço para melhorias, principalmente na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

“Também temos investimentos [previstos] em retrofit em estações de tratamento de esgoto que, além de melhorar a base regulatória, reduz o nosso opex (despesas operacionais)”, sublinhou.

Copasa terá mais agilidade para investir com a privatização, afirma presidente

Diante das discussões sobre uma eventual privatização, o presidente da Copasa, Fernando Passalio, disse que a desestatização permitirá que a companhia tenha mais agilidade para investir, podendo contratar e inovar sem as limitações típicas da estrutura estatal. De acordo com ele, isso significa modernização mais ágil das operações, melhoria na qualidade do atendimento, ampliação dos investimentos em obras e eficiência na gestão de recursos.

“O objetivo final [da privatização] é uma Copasa mais competitiva, mais eficiente e preparada para garantir água e saneamento com qualidade para todo o Estado, para todos os municípios onde a gente atua hoje e no futuro”, reiterou.

O executivo também afirmou que a aprovação, em primeiro turno, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 24/2023, que retira a exigência de referendo popular para autorizar a desestatização, foi um marco histórico. Para Passalio, a privatização não é um projeto apenas da Copasa ou do governo, mas, sim, um plano para o futuro de Minas Gerais, que beneficiará a população.

Conversas com a PBH sobre o contrato com o município

Conforme Passalio, a Copasa está em tratativas com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) há alguns dias sobre o contrato com o município. As conversas estão caminhando bem do ponto de vista técnico. Segundo o presidente, a Copasa também está de olho em outras concessões que possam ser avaliadas tanto pela própria empresa quanto pelo poder concedente.

Cabe dizer que, na última semana, o prefeito da Capital, Álvaro Damião (União Brasil), criticou a Copasa e o Estado por não incluírem Belo Horizonte nas discussões sobre a privatização. Ele cobrou diálogo, disse que a companhia depende da cidade e condicionou a renovação contratual à solução de problemas relacionados à prestação de serviços.

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