Economia

Investimentos da Copasa somam R$ 267,6 milhões

Valor aportado no primeiro trimestre representa um crescimento de 13,6%
Investimentos da Copasa somam R$ 267,6 milhões
Foto: Diário do Comércio/Arquivo/Alessandro Carvalho

A Companhia de Abastecimento de Minas Gerais (Copasa) investiu R$ 267,6 milhões no primeiro trimestre deste ano, alta de 13,6% frente ao mesmo intervalo de 2022. Os dados são do balanço divulgado nessa terça-feira (2) pela empresa ao mercado.

A companhia vem aumentando os investimentos na ampliação e melhoria de sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário em Minas Gerais com o objetivo atingir as metas estabelecidas pelo Novo Marco Legal do Saneamento.

De acordo com a empresa, a ampliação dos investimentos nos três primeiros meses de 2023 é fruto do plano aprovado no final do ano passado pelo conselho de administração. O plano, endossado pela assembleia geral ordinária, realizada no último dia 28, prevê o aporte de R$ 1,76 bilhão nos sistemas operados pela Copasa no Estado até o final do ano. 

A companhia observou que o primeiro trimestre costuma apresentar um volume menor de aportes por causa do período chuvoso, que impacta a realização de algumas obras e intervenções.

Até 2027, outros R$ 7,77 bilhões devem ser investidos pela Copasa em Minas Gerais. Os aportes visam à ampliação dos sistemas de abastecimento e ao esgotamento sanitário. 

Também estão incluídos extensão de redes; segurança hídrica; combate a perdas; desenvolvimento empresarial; atendimento de metas regulatórias e de eficiência; compromissos de concessão assumidos, reposição de ativos depreciados, bem como a consecução do objeto social e da missão da empresa com o objetivo de atender às demandas dos clientes e do poder concedente, em busca da ampliação da cobertura dos serviços de abastecimento de água e de esgoto.

Ações

Nos três primeiros meses deste ano, a Copasa investiu na implantação, ampliação e melhorias de sistemas de abastecimento de água dos municípios de Candeias; Capelinha; Caratinga; Conselheiro Lafaiete; Contagem; Fronteira; Nova Lima; Nova Serrana, Patos de Minas e Timóteo.

Também foram realizados aportes em ações para redução de perdas, na aquisição de equipamentos operacionais para modernização e otimização do sistema de abastecimento de água em diversos municípios operados e na execução de obras para implantação de Unidades de Tratamento de Resíduos (UTRs) em Estações de Tratamento de Água (ETA) nos municípios de Araxá, Belo Horizonte, Betim, Caratinga, Ibirité e Patos de Minas.

No que se refere ao esgotamento sanitário houve a implantação, ampliação e melhorias nos municípios de Abaeté; Além Paraíba; Betim; Contagem; Cruzília; Guaxupé; Igarapé; Inhapim; Januária; Juatuba; Madre de Deus de Minas; Pedro Leopoldo; Presidente Juscelino; Sabará; Santana do Paraíso; São Francisco; São João Nepomuceno; São Joaquim de Bicas, Sarzedo e Ubá, além da aquisição de equipamentos operacionais para modernização e otimização do sistema em diversos municípios.

Lucro da estatal dobra de janeiro a março

A Companhia de Abastecimento de Minas Gerais (Copasa) registrou lucro líquido de R$ 337,7 milhões no primeiro trimestre deste ano, alta de 101,6% frente igual período de 2022, quando o valor chegou a R$ 167,5 milhões, conforme balanço divulgado nessa terça (2).

Conforme a empresa, o desempenho no acumulado dos três primeiros meses de 2023 foi reflexo do incremento da receita líquida, que cresceu no período influenciada pela aplicação de novas tarifas pela empresa, a partir do reajuste tarifário de 15,7% autorizado pela Agência Reguladora de Serviços Sanitários e Abastecimento de Água de Minas Gerais (Arsae-MG) e vigente a partir de 1º de janeiro de 2023.  

Também impactaram a receita líquida o aumento de 4,6% no volume medido por economia de água e de 3,2% no volume medido por economia de esgoto, além da redução da inadimplência da Copasa (medida pela relação entre o saldo de contas a receber vencidas entre 90 e 359 dias e o valor total faturado nos últimos 12 meses), que atingiu 3,15% em março de 2023, contra 3,56% em março de 2022. 

Em todo o exercício de 2022, o lucro líquido da companhia chegou a R$ 843 milhões, o que representou um incremento de 56,9% na comparação com 2021.

De acordo com o balanço, a receita líquida de água, esgoto e resíduos sólidos totalizou R$1,57 bilhão no primeiro trimestre deste ano, contra R$1,27 bilhão em igual período do ano passado, o que representou alta de 24,1%.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) contabilizou R$ 677,5 milhões, 52,2% maior ao do mesmo período do ano passado. A margem Ebitda (calculada a partir da divisão do Ebitda pelo somatório da receita líquida de água e esgoto e das outras receitas operacionais) atingiu 42,1% no acumulado dos três primeiros meses de 2023. No mesmo intervalo de 2022, a margem Ebtida atingiu 33,8%. A alta foi de 8,3 pontos percentuais (p.p). 

A dívida líquida da Copasa chegou a R$ 3,10 bilhões em março de 2023, enquanto a relação Dívida Líquida/Ebtida atingiu 1,4x (contra 2,0x em março de 2022), considerado um patamar confortável pela empresa e que permite à companhia elevar sua alavancagem e buscar mais recursos para seguir investindo na expansão dos serviços de água e esgoto. 

Os Juros Sobre o Capital Próprio (JCP) totalizaram R$ 131,6 milhões no primeiro trimestre deste ano, correspondendo a 50% do lucro líquido ajustado, tendo sido declarados no último dia 17 de março. 

Privatização

A companhia está na mira da privatização do governo mineiro, que deve enviar em breve para o Legislativo um projeto para viabilizar a venda da empresa, bem como da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). A informação é do governador Romeu Zema (Novo).

Ele falou sobre o assunto durante o “Café com o Governador”, realizado pela Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas). O evento, que aconteceu no fim de abril, contou com a presença de lideranças e do setor empresarial do Estado.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas