Investimentos da RHI Magnesita em Contagem superam R$ 500 mi

Os investimentos da RHI Magnesita na planta industrial de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), sofreram novos reajustes. Projetados em R$ 257 milhões em 2019, os aportes saltaram para R$ 454 milhões em 2021 e agora já ultrapassam os R$ 500 milhões. Mudanças nos principais parâmetros do projeto, incluindo inflação, taxas de câmbio e custos de frete, estão entre os fatores que justificam a elevação.
No balanço semestral divulgado em agosto do ano passado, a companhia já previa novas atualizações, falando em adicional entre 10% e 15% nas despesas de capital para o projeto entre 2022 e 2023. O documento também trazia nova previsão de conclusão dos investimentos, agora estimada para o segundo semestre deste exercício.
Na mesma medida, o projeto de Brumado, na Bahia, também deverá sofrer reajustes e, por ter sido impactado por atrasos na construção, está programado para ser concluído nos próximos meses.
De acordo com a RHI Magnesita, os aportes na unidade mineira já chegam a R$ 510,4 milhões para o período entre 2020 e 2023. Desse montante, praticamente 80% ou o equivalente a R$ 408,1 milhões já foram executados até o fim de 2022. Entre os destaques dos investimentos realizados estão um projeto voltado para a modernização da unidade localizada na Cidade Industrial e o projeto do New Office, construção do novo escritório administrativo na sede da RHI Magnesita no município.
“Inaugurado em setembro do ano passado, o New Office foi planejado em um conceito de colaboração, sustentabilidade e inovação”, disse a empresa em nota.
A companhia também realizou aportes para a modernização do Centro de P&D de Contagem (CPqD), ação que continua em 2023. Além disso, os valores também contemplam previsões com o Capex corrente, que são os recursos voltados para melhorias e continuidade das operações.
O secretário de Desenvolvimento Econômico de Contagem, René Vilela, explica que como o plano de investimentos foi apresentado em euro, a variação cambial, por si só, já acarreta em reajuste na aplicação dos recursos. E que, uma vez terminada a etapa de instalação da nova sede administrativa financeira da empresa, os esforços e investimentos agora estão focados nos projetos de pesquisa e desenvolvimento.
“Hoje, por exemplo, eles já reaproveitam uma parcela expressiva da escória gerada no processo industrial, de maneira a ser reaproveitada. Essa tecnologia foi desenvolvida em Contagem. Estão ampliando esses investimentos porque a partir dessas pesquisas melhorae todo o processo produtivo da companhia”, diz.
Em relação à modernização e ampliação da planta, Vilela comenta que a empresa estava reavaliando o modelo a ser executado. “Estavam reavaliando a configuração, se diversificariam as linhas trazendo novas para a unidade ou se apenas melhorariam e modernizariam as já existentes”, completa.
Como já publicado, a perspectiva da empresa era de aumentar em 14% o volume de produção na unidade de Contagem, que tem como destino o abastecimento dos setores de siderurgia, cimento e cal, entre outros.
Em 2020, quando do anúncio dos investimentos na construção de um forno rotativo na unidade de mineração, na Bahia, a empresa justificou os aportes por uma série de fatores, entre os quais o objetivo de prosseguir com o planejamento estratégico de longo prazo, independentemente do cenário. Além disso, contaram a favor das últimas decisões a aposta na retomada da demanda e o espaço para crescimento existentes no Brasil.
Ouça a rádio de Minas