Economia

IPCA-15 já subiu 3,17% na RMBH neste ano

IPCA-15 já subiu 3,17% na RMBH neste ano
No grupo de habitação, o maior impacto veio do gás de botijão, cujo preço foi reajustado em 3,14% | Crédito: Reuters / Caetano Barreira

A prévia da inflação para abril, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), mostrou um avanço de 0,57% em abril frente a março. Com o resultado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) acumula alta de 3,17% no ano na RMBH. Em 12 meses, o índice aumentou 6,76%.

Assim como em março, o indicador foi novamente puxado pela alta nos preços dos combustíveis. Somente a gasolina apresentou variação positiva de 4,88% nos preços, provocando o maior impacto individual positivo no índice do mês.

Os dados foram divulgados, ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento mostra ainda que o índice para a RMBH foi o sexto maior resultado mensal entre as onze áreas pesquisadas. Já a variação acumulada em 12 meses (de 6,76% na RMBH) foi o quinto maior resultado entre as áreas de abrangência da pesquisa.

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De acordo com o coordenador da pesquisa Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE Minas, Venâncio Otávio Araújo da Mata, a inflação na Capital está elevada.

Para se ter ideia, o resultado do IPCA-15 mostra que o índice acumulado nos últimos 12 meses na RMBH, ultrapassa a meta estipulada para o País pelo Banco Central. Para 2021, a meta da inflação é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, ou seja, podendo variar entre 5,25% e 2,25%.

“A alta do dólar, a demanda maior, e o aumento dos preços do petróleo são fatores que provocaram a alta nos últimos 12 meses e, essa elevação, acaba sendo repassada aos consumidores”, disse o coordenador.

Em abril, a alta de 0,57% foi provocada pelos aumentos vistos em seis grupos. Em transportes foi verificada alta de 2,17%, seguido por artigos de residência com elevação de 0,63%, habitação (0,35%), saúde e cuidados pessoais (0,32%), vestuário (0,24%) e alimentação e bebidas (0,08%).

No período, somente três grupos apresentaram deflação. O de comunicação retraiu 0,17%, educação (0,04%) e despesas pessoais (0,01%).

Venâncio da Mata destaca que a alta no grupo de transportes (2,17%) impactou o índice geral de abril em 0,43 pontos percentuais. O resultado teve como principal influência o aumento do preço da gasolina na ordem de 4,88%. O reajuste provocou o maior impacto individual positivo no índice do mês de 0,30 ponto percentual.

“Em abril, mais uma vez, a alta da inflação teve como principal influência a gasolina, que teve os preços reajustados. Dentro do grupo de transporte, também foi registrado aumento nos preços do etanol (2,37%) e das passagens áreas (13,28%), após um longo período sem reajuste”, disse.

Ainda segundo o levantamento do IBGE, no grupo de habitação (0,35%), o maior impacto veio do gás de botijão, cujo preço foi reajustado em 3,14%, elevando para 16,60% a alta registrada no ano.

Alimentos – Em alimentação e bebidas (0,08%), o aumento foi provocado principalmente pelo mamão, que teve o preço alavancado em 29,22%, com impacto de 0,03 p.p. Em alimentação fora do domicílio (1,19%), o lanche aumentou em 3,57%.

Alguns alimentos tiveram queda nos preços, como a banana-prata que caiu 14,82% e provocou o maior impacto negativo individual no índice de 0,05 p.p. Destaque também para as quedas do tomate (10,22%), da maçã (8,39%) e da carne de porco (3,29%).

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