IPCA tem alta de 0,82% na RMBH em janeiro

A inflação na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o primeiro mês de 2023 com alta de 0,82%. O indicador subiu 0,11 ponto percentual (p.p.) em relação a dezembro (0,71%) e 0,02 p.p em relação a janeiro imediatamente anterior (0,80%).
O resultado apurado foi o quarto maior entre as 16 áreas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). À frente ficaram: Salvador (1,09%), Grande Vitória (0,92%) e Fortaleza (0,86%). Já a variação acumulada nos últimos 12 meses ficou em 4,66% e foi o terceiro menor percentual, atrás de Porto Alegre (4,40%) e Goiânia (4,24%).
Conforme o coordenador da pesquisa em Minas Gerais, Venâncio da Mata, o subitem taxa de água e esgoto, após encarecer 12,73%, foi quem exerceu a maior pressão individual sobre o IPCA no mês (0,19 p.p.). Ele explica que o encarecimento se deve ao reajuste médio de 15,7% da tarifa no Estado – anunciado pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e vigente desde o primeiro dia do ano.
Por consequência, dos nove grupos de produtos e serviços comercializados no varejo que compõem o IPCA, o grupo de habitação foi o que exerceu a maior influência sobre o indicador. De acordo com os dados do IBGE, os preços do segmento subiram 1,77% (0,22 p.p.).
Outros sete grupos apresentaram alta nos preços em janeiro. São eles: comunicação (2,45%); alimentação e bebidas (0,91%); transportes (0,74%); artigos de residência (0,62%); educação (0,47%); despesas pessoais (0,47%) e saúde e cuidados pessoais (0,45%). A exceção foi o segmento de vestuário, cujos preços retraíram 0,91%, impulsionados pela queda de 1,04% no subgrupo roupas.
“Somado a essa questão do reajuste, tivemos também no grupo de comunicação um aumento considerável no mês de janeiro. Os destaques foram a TV por assinatura [11,78%], o combo de telefonia, internet e TV por assinatura [3,24%], o acesso à internet [3,19%] e aparelho telefônico [2,65%], todos com aumentos que fizeram o grupo subir”, diz.
Venâncio da Mata ainda destaca que subitens do grupo de alimentos e bebidas – cenoura (32,88%), melancia (26,26%), batata-inglesa (15,48%), banana-prata (14,16%), maçã (10,32%) e feijão-carioca (8,77%) – e do grupo de transportes como emplacamento e licença (2,97%) também subiram e contribuíram para a alta do IPCA.
Já do lado oposto – segurando a alta na inflação – estiveram subitens como cebola (-33,79%), perfume (-6,05%) e seguro voluntário de veículo (-2,53%). Segundo o coordenador da pesquisa, se não fosse por essas e outras quedas, “o resultado poderia ser maior”.
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