Economia

Ipea prevê alta do PIB em 1,6% no ano

Rio de Janeiro – O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro vai crescer mais do que espera o mercado financeiro, devido aos estímulos ao consumo e investimentos gerados pela política monetária e ligeiros sinais de melhora no mercado de trabalho, disse um instituto do governo ontem.

O PIB vai crescer 1,6%, ante 1,7% previsto anteriormente, neste ano e 2,9%, ante 3,0% antes, após ajustes na previsão de desempenho da indústria e dos serviços, informou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão ligado ao Ministério do Planejamento, em comunicado.

No começo do ano, antes da greve dos caminhoneiros que paralisou o País, gerou desabastecimento e interrompeu cadeias de suprimento, o Ipea chegou a estimar um avanço do PIB neste ano de 3%, em linha com o mercado até então.

Na semana passada, um conjunto de mais de 100 instituições cuja opinião é coletada pelo Banco Central, reduziu para 1,35%, ante 1,36%, a estimativa de avanço da economia neste ano.

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Em 2019, a indústria vai crescer 2,8%, os serviços terão crescimento de 2,9% e a agropecuária avançará 3,6%, estima o Ipea, que vê o consumo crescendo a 3% e o investimento a 4% no ano que vem.

Contaminação eleitoral – A sensação de bem-estar econômico da população é muito pior do que os dados da economia real, embora as limitações fiscais ainda representem o principal obstáculo para um crescimento mais forte e rápido do PIB nacional, segundo o Ipea.

Essa sensação pior do que a realidade econômica se deve a contaminação causada pelo processo eleitoral, de acordo com o diretor de estudos e políticas macroeconômicas do órgão, José Ronaldo Castro Junior.

“A incerteza política não vai minar a recuperação da economia, independentemente do governo que seja eleito. O novo presidente eleito deve anunciar medidas positivas para o andamento da economia”, disse ele a jornalistas, ao frisar que sinalizações nos campos fiscal e previdenciário são essenciais para a confirmação das projeções.

“Muita gente prevê crescimento muito menor e o próprio mercado aposta nisso. Apesar de toda a sensação de estarmos em um momento ruim na economia, os números ainda mostram e respaldam uma retomada”. (Reuters)

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