Economia

Itabira investirá R$ 100 mi para ampliar universidade

Itabira investirá R$ 100 mi para ampliar universidade
Universidade conta com 2.500 alunos e deverá ter a capacidade ampliada para 10 mil quando concluída toda a expansão - Crédito: Divulgação

A Prefeitura de Itabira, na região Central do Estado, formaliza nas próximas semanas, durante o Fórum Itabira Sustentável – A Educação e Inovação como caminho para a diversificação econômica, investimentos da ordem de R$ 100 milhões.

Os aportes serão destinados a mais uma fase de ampliação do campus da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), localizado na cidade, e contam com apoio da mineradora Vale.

A informação foi confirmada pela prefeitura, que completou que os recursos garantirão 100% da construção de três novos prédios da universidade, o que vai permitir ampliar a ofertas de cursos e, consequentemente, o número de alunos, induzindo o desenvolvimento tecnológico da região.

“Itabira está transformando uma economia baseada na mineração em uma economia baseada no conhecimento”, disse o Executivo municipal em nota.

Ainda conforme a prefeitura, a Vale já confirmou a contribuição com o projeto e com outras frentes nas áreas de educação e inovação visando à diversificação econômica da cidade. O valor, no entanto, somente será conhecido durante o Fórum Itabira Sustentável, que vai ser realizado em conjunto pela prefeitura, Vale e Unifei, nos dias 22 e 23 deste mês.

Questionada sobre o investimento e os projetos na região, a mineradora disse apenas que confirmou a participação no evento que irá tratar de temas relevantes para o futuro de Itabira.

“O evento contará com palestras e conferências de profissionais das áreas de Educação, Tecnologia e Inovação. O fórum integra ação do Grupo de Trabalho (GT) liderado pela Prefeitura de Itabira, criado no ano passado para buscar alternativas de diversificação econômica para o município. A Vale participa do GT desde o princípio e está avaliando, juntamente com a prefeitura e demais entidades do grupo, a melhor forma de apoio aos projetos apresentados”, disse por meio de nota.

Este grupo de trabalho visa, justamente, discutir o futuro do município pós-exaustão da mineração, previsto pela companhia para 2028. A ideia é transformar Itabira em um hub de educação e tecnologia, tendo a Unifei como propulsora.

Conforme já publicado, a expansão do campus local da Unifei eleva os atuais 2.500 alunos para quase 10 mil na construção de todo o complexo, previsto para os próximos dez anos. Além disso, estudos de impacto financeiro estimam que os gastos da comunidade universitária na cadeia de serviços da cidade saltarão de R$ 52 milhões para R$ 260 milhões por ano.

Memorando – De maneira complementar, no fim de julho, a prefeitura assinou Memorando de Entendimento (MoU) com a Chalieco (China Aluminum International Engineering Co. Ltd.), empresa de metais subsidiária da Chinalco (Alumínio Corporation of China Ltd.), grupo corporativo que tem o governo chinês como acionista majoritário para investimentos que podem chegar a US$ 200 milhões na cidade. Como garantia, o município ofereceu royalties da mineração – Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem).

Parte dos recursos também será destinada à expansão do campus. Além disso, contemplarão ainda a construção do Parque Científico e Tecnológico e a construção de um aeroporto de cargas no município.

Kroton anuncia a criação de uma holding

São Paulo – A Kroton anunciou ontem a criação de uma holding que administrará quatro empresas separadas em uma ampla reestruturação corporativa visando um impulso tecnológico.

A holding, que chamará Cogna Educação, será chefiada pelo atual presidente da Kroton, Rodrigo Galindo.

“Nós temos muito espaço para crescer em todos os segmentos que a companhia opera”, disse Galindo a investidores em evento, acrescentando que o grupo possui participação de apenas 3,9% no mercado educacional do País, avaliado em R$ 174 bilhões.

Como parte da reestruturação, as ações da Cogna serão negociadas na Bovespa sob o ticker “COGN3” a partir de 11 de outubro. A nova holding também lançará um fundo em 2020, Cogna Ventures, para investir em soluções para educação. O valor do fundo não foi informado.

“Esse fundo investirá em participações minoritárias, parcerias, sempre buscando soluções que podem ajudar uma das quatro empresas da holding”, disse Galindo.

O movimento da Kroton é semelhante ao realizado meses atrás pela rival Estácio Participações, cuja holding trocou de nome e de código na B3 para Yduqs.

Na Cogna Educação, as operações de ensino superior continuarão sob a marca Kroton, na qual a empresa atualmente possui mais de 800 mil alunos em 176 faculdades e 1.410 centros de ensino à distância.

“Nossa participação de mercado neste segmento é de apenas 9,1% e vemos potencial para crescer mais organicamente ou por meio de aquisições”, disse Galindo, acrescentando que a divisão Kroton terá agora Roberto Valério como presidente.

No setor de educação básica, no qual o grupo possui participação de mercado de 1,2%, a Cogna Educação operará como Saber, com Paulo Serino atuando como presidente.

As outras empresas controladas pela holding serão focadas em serviços corporativos ao ensino superior (Platos) e a educação básica (Vasta Educação). (Reuters) Mais sobre educação na página 9.

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