Itaminas investe R$ 22 mi no Parque Cachoeira de Sarzedo, inaugurado nesta segunda (1°)

O Parque Natural Municipal Cachoeira de Sarzedo foi inaugurado nesta segunda-feira (1°), com a primeira fase de construção concluída e entregue no município da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A área total prevista para o espaço é de 132.047,87 m², o equivalente a quase 19 campos de futebol.
As obras tiveram o investimento total de R$ 22 milhões da mineradora Itaminas, em terreno composto por imóveis do poder público, em uma parceria com a prefeitura local. Só para essa primeira fase de obras da infraestrutura do parque, o aporte foi de R$ 13 milhões. O espaço dessa primeira etapa compreende 45.000 m², que incluem:
- trilhas de ecoturismo;
- mirante panorâmico;
- teatro de arena;
- áreas de lazer e recreação;
- sanitários;
- edificações de apoio;
- espaço para estacionamento;
- área de circulação com capacidade para receber até 3 mil pessoas.
O projeto paisagístico, que foca na preservação da flora nativa de Sarzedo, foi elaborado pelo paisagista Pedro Nehring, falecido em 2023, que também foi o responsável por projetar o Instituto Botânico Inhotim em Brumadinho, na RMBH.
O superintendente de Sustentabilidade da Itaminas, Pablo Aguirre, fala sobre a importância do novo parque e os próximos passos.
“Estamos realizando uma importante ação em prol da preservação do meio ambiente, do resgate e da proteção do patrimônio histórico e, especialmente, da conservação da memória e cultura regional. Vamos recuperar o potencial ambiental e turístico das ruínas da antiga usina hidrelétrica e do maciço da Cachoeira de Santa Rosa”, diz.
Unidade de Conservação de Proteção Integral
A inauguração da primeira fase de construção do parque, representa a revitalização de um espaço crucial para a preservação de áreas nativas, segundo Aguirre, e celebra também o reconhecimento do empreendimento em 73ª Unidade de Conservação (UC) de Proteção Integral do Estado.
Na prática, a UC tem como intenção resguardar áreas remanescentes de Mata Atlântica e proteger ecossistemas de importância ecológica e beleza cênica. O parque também ficará disponível para fins de pesquisas científicas, atividades de educação ambiental, recreação em contato com a natureza e turismo ecológico, conforme determina a utilidade das UCs.

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Novo refúgio natural terá manutenção da mineradora
Pelo período de um ano, a Itaminas ficará responsável pela manutenção do parque. A estimativa é que mensalmente, o novo equipamento gere um custo de R$ 300 mil para fins de segurança patrimonial, manutenção de jardins, controles administrativos e desenvolvimento de projetos de educação ambiental, custeados pela empresa.
Segundo etapa será entregue até o fim do ano
Para o Diário do Comércio, a Itaminas afirma que a segunda etapa do projeto deve ser finalizada e aberta à população até dezembro deste ano. A nova área terá uma ampliação das vias destinadas para trilhas de ecoturismo, outros mirantes e mais espaços de recreação e estruturas de apoio.
Segundo a empresa, a nova fase contemplará a recuperação de uma área de preservação permanente do Ribeirão Ibirité, com o replantio de aproximadamente 3.000 mudas de espécies da Mata Atlântica até o final de 2026, além da construção de um auditório para a realização de atividades de educação cultural e ambiental.
Ação para minimizar efeitos estufa
Ainda segundo Pablo Aguirre, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que foi assinada e ratificada por mais de 175 países para objetivos de redução de efeitos estufa, ganha passos largos quando espaços como parques nativos são criados.
O superintendente de Sustentabilidade da Itaminas também fala que os benefícios advindos das áreas protegidas vão além da conservação da biodiversidade, e podem incluir “a conservação dos recursos hídricos, a manutenção da fauna silvestre e da qualidade do ar e da água”.
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