Economia

‘Jamais esqueceremos Brumadinho e Mariana’, diz presidente da Vale

Atualmente, a mineradora destaca não possuir nenhuma operação em nível máximo de emergência
‘Jamais esqueceremos Brumadinho e Mariana’, diz presidente da Vale
Presidente da Vale, Gustavo Pimenta | Foto: Diário do Comércio/ Leonardo Morais

Nesta quinta-feira (4), a Vale anunciou um investimento de R$ 67 bilhões em Minas Gerais até 2030 para reduzir o uso de barragens. Além disso, o plano da mineradora inclui diminuir a emissão de carbono e expandir a mineração circular.

Segundo o presidente da Vale, Gustavo Pimenta, parte das transformações planejadas deve dar sequência aos trabalhos de gestão de barragens. Atualmente, a mineradora destaca não possuir nenhuma operação em nível máximo de emergência, com 70% da produção a seco, que dispensa essas estruturas.

“A mineração inovadora sustentável aprendeu com as lições do passado e está preparada para o futuro. Jamais esqueceremos Mariana e Brumadinho, que estão na base das transformações ao longo desses anos”, disse Pimenta, durante a inauguração da mina Capanema, localizada entre os municípios de Santa Bárbara, Ouro Preto e Itabirito, na região Central de Minas Gerais.

Desde 2019, cerca de 60% do Programa de Descaracterização de Estruturas a Montante foi executado. Das 13 estruturas remanescentes, oito estão em obras e são monitoradas diariamente pelos Centros de Monitoramento Geotécnico da Vale.

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Para 2025, a expectativa é saltar de 13 para 20 milhões de toneladas de minério com mineração circular. Minas Gerais seguirá protagonizando o setor, respondendo por 80% do volume total.

Em Capanema, a operação da Vale não terá adição de água no processo, não utilizará rejeitos e não contará com barragens. Nos primeiros três anos, Pimenta detalha que a operação será exclusiva com a pilha de estéreis, sem a necessidade de novas áreas de disposição. Após esse período, será aberta uma mina.

Também presente no evento, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, destacou a importância da mina Capanema para o desenvolvimento do Estado e os esforços da companhia em segurança nos últimos anos.

“Ainda temos grandes oportunidades na mineração, que está cada dia mais segura no que diz respeito às barragens. Das 53 que ofereciam algum risco, 17 não existem mais e as demais estão em andamento”, pontuou.

Mina Capanema

A operação de Capanema se encontra hoje no local onde funcionou por quase trinta anos a Minas da Serra Geral (MSG), joint venture da Vale com o grupo japonês Kawasaki Steel Corporation. Em 2016, a mineradora adquiriu a participação no empreendimento, que atualmente integra o complexo de Mariana, um dos mais relevantes para a companhia.

O projeto, segundo a empresa, tem o potencial de acrescentar 15 milhões de toneladas de minério de ferro por ano à produção. Com o acréscimo, a companhia estima alcançar, em 2026, o volume de produção previsto, entre 340 milhões e 360 milhões de toneladas da commodity.

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