Joint venture oferece interação on-line

Uma joint venture criada a partir da união de cinco empresas promete acelerar processos no trabalho de contabilidade, promovendo a interação on-line e em tempo real entre contador e empresa. O anúncio foi feito na quinta-feira (11), em São Paulo. O grupo é formado pelas empresas de software contábil SCI, Tron, Fortes e Mastermaq, esta última com sede em Belo Horizonte. As quatro se juntaram à Omie, empresa de sistemas de gestão (ERP) na nuvem, para criar a plataforma de sistemas web voltados a escritórios de contabilidade. “O contador, no seu escritório, terá acesso on-line a tudo o que o cliente está fazendo dentro de seu comércio”, resumiu o sócio-fundador da Fortes Tecnologia, de Fortaleza (CE), José Carlos Fortes.
O grupo investiu R$ 40 milhões de capital próprio. Juntas, as empresas já atendem a cerca de 40% dos escritórios de contabilidade do País e geram cerca de 2.500 empregos. O objetivo é que, com a joint venture, esse percentual dobre no período de quatro anos. Segundo Fortes, o faturamento atual das cinco empresas gira em torno de R$ 300 milhões anuais, valor que também deve dobrar no prazo de quatro anos. O novo empreendimento ficará sediado na capital de São Paulo.
Os primeiros softwares de gestão empresarial e contábil em nuvem devem estar disponíveis a partir do primeiro semestre de 2019. O objetivo é começar pelas empresas do Simples Nacional, que já representam a maioria dos CNPJ do Brasil, e gradativamente atingir outros públicos.
Cada empresa continuará com sua operação independente, oferecendo um produto comum. Segundo Fortes, cada empresário, separadamente, já estava em busca dessa solução para promover a ligação entre o contador e a empresa. Então, por meio da Omie, resolveram se juntar para que fosse criada uma solução conjunta que servisse a todos eles.
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O empresário explica que o cliente da Omie é o consumidor final, ou seja, é aquela pessoa que contrata o contador. Mas, até agora, não era possível fazer a integração entre o contador e seu cliente. O novo software se propõe a romper essa fronteira. Além disso, haverá automatização de tarefas.
Com isso, haverá uma drástica redução do chamado “trabalho braçal” do contador. Segundo Fortes, as atividades burocráticas serão eliminadas em até 70%. Ainda assim, ele afirma que a função do contador persistirá, mas será mais voltada a consultoria e análise de mercado.
Outro efeito do novo sistema é que a questão geográfica passará a não ter mais importância: você pode ter uma empresa em Belo Horizonte e contratar um contador em qualquer outra cidade.
Segundo a assessoria de imprensa do grupo, juntos, os softwares das empresas SCI, Tron, Fortes e Mastermaq fazem o processamento das folhas de pagamento de cerca de 10 milhões de trabalhadores do País. Isso porque tais empresas atendem a escritórios contábeis que têm como clientes pequenas e médias empresas que representam 99% dos CNPJs do País e empregam 52% da força de trabalho.
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