Kalil destaca avanços na Capital em balanço do ano

Em Belo Horizonte, o controle da pandemia de Covid-19 com o avanço da vacinação foi essencial para que o comércio, os serviços e o turismo fossem retomados ao longo de 2021. O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, considerou 2021 um ano mais positivo que 2020 e mantém expectativas favoráveis para 2022. No próximo ano, que já inicia com comércio aberto e serviços funcionando, os desafios da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) serão a falta de empregos, a fome, questões relacionadas à saúde e ao transporte público.
Durante evento para a prestação de contas com as principais realizações da prefeitura nos últimos anos, Kalil ressaltou que a vacinação contra a Covid-19 permitiu um grande avanço no ano, com a reabertura das atividades econômicas, o que é fundamental para a geração de empregos.
“De 2020 para 2021 tem uma palavra: vacina. Isso aí resume a diferença de 2021 para 2020. No ano passado, nós estávamos orando e rezando e nos protegendo. Em 2021, nós tivemos a vacina que depende da gente, depende do nosso braço. O governo federal mandou as vacinas para Belo Horizonte, nós aplicamos as vacinas. Então, foi um ano melhor porque a população se protegeu cientificamente, com medicamento, o antes era só com o isolamento e os cuidados. Hoje, continua o isolamento e cuidado mais a proteção da vacina”, disse.
Para o próximo exercício, a expectativa é que a Prefeitura possa atuar em outras frentes. “Vamos entrar em 2022, com tudo funcionando, com o comércio colhendo frutos do Natal. O turismo colhendo frutos de Ano Novo e de férias. Precisamos olhar a infraestrutura, olhar o acolhimento, olhar a população para que, em 2022, a gente volte com a carne para a mesa de todo mundo, que volte o transporte público com mais qualidade, que volte o emprego. Temos que ter esperança”.
Ao longo de 2021, os investimentos em saúde foram amplos. Foram contratados 2.200 profissionais de saúde. Mais de 4 milhões de doses de vacina contra a Covid aplicadas, com quase 100% da população imunizada com a primeira dose. Ao todo, 29 novas sedes de centros de saúde foram entregues e mais 10 estão em construção.
A Prefeitura de Belo Horizonte destinou cerca de R$ 4,2 bilhões em ações e serviços públicos de saúde. Foram investidos R$ 180 milhões em obras, R$ 120 milhões em projetos e novas tecnologias para interligar os serviços da rede, e R$ 86 milhões em equipamentos e mobiliários para as unidades.
Na educação, foram investidos cerca de R$ 50,2 milhões na estrutura das escolas municipais para a volta às aulas pós-pandemia. O prefeito Alexandre Kalil destacou que a rede municipal já atende 100% das crianças de 2 a 5 anos que foram cadastradas, o que representa um total de 20,5 mil estudantes. Na faixa etária de 0 a 1 ano, a PBH atende 68% da demanda e existe uma fila de 2.331 crianças, contra cerca de 19 mil que aguardavam por uma vaga em 2016.
Na rede conveniada de educação, desde o início da gestão, a Prefeitura de Belo Horizonte já investiu em obras de manutenção, reformas e ampliações cerca de R$ 53 milhões, atendendo a 220 creches parceiras.
Obras
Dentre as obras realizadas, o prefeito destacou as 175 obras concluídas do Orçamento Participativo, que estavam represadas. Desde o início da gestão, foram entregues 560 Unidades Habitacionais da Faixa 1,5 do Programa Casa Verde e Amarela.
Foram construídas 612 unidades habitacionais destinadas ao reassentamento de famílias removidas por obras públicas nas vilas e favelas. Também foram executadas 482 obras para controle e erradicação de riscos, como muros de contenção, tratamento de encostas, lajes impermeabilizantes, dentre outros. Essas obras beneficiaram 839 famílias.
Passagem de ônibus pode ter redução
A Prefeitura de Belo Horizonte fechou um acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra) sobre o valor da tarifa do transporte coletivo da Capital e a tarifa dominante, atualmente em R$ 4,50, poderá ter uma redução de R$ 0,20, caindo para R$ 4,30. Com isso, a tarifa de integração que hoje é R$ 1,35 cairia para R$1,15. As demais tarifas ficariam congeladas.
O acordo foi fechado, ontem, em reunião realizada na Prefeitura, entre o prefeito Alexandre Kalil, o procurador-geral do município, Castellar Guimarães, o vice-prefeito Fuad Noman, o presidente da BHTrans, Diogo Prosdocimi, e representantes do Setra.
No entanto, o acerto ainda precisa ser homologado pela Justiça e, posteriormente, elaborado um projeto de lei para votação na Câmara Municipal. Ou seja, depende da aprovação dos vereadores para que seja colocado em prática.
“Assim que o projeto for debatido e aprovado na câmara municipal, em 24 horas a tarifa será reduzida imediatamente”, afirmou o prefeito Alexandre Kalil. A expectativa é que isso aconteça em meados de fevereiro.
Com o acordo, a Prefeitura de Belo Horizonte assume o custo de todas as gratuidades, independentemente de serem estabelecidas por leis federais, estaduais ou municipais, além do custo da tarifa social. Esse valor não é fixo, pois depende do uso desses benefícios, mas é de cerca de R$ 12 milhões por mês.
A fórmula paramétrica, estabelecida no contrato de concessão em vigor desde 2008, que acompanha a variação dos preços da prestação do serviço, havia apontado para os seguintes valores no reajuste das tarifas: R$ 4,50 para R$ 5,75; R$ 3,15 para R$ 4,10; R$ 1,35 para R$ 1,65e R$ 1,00 para R$ 1,30
Na negociação, ficou acordado ainda que o contrato de concessão do transporte coletivo será modernizado, permitindo que o sistema opere com mais eficiência, uma forma de diminuir custos.
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