Lançamento de apartamentos econômicos cresce 51% em Belo Horizonte

O mercado imobiliário de Belo Horizonte vive um momento positivo, com destaque para o aumento de 51% no lançamento de apartamentos econômicos em 2024. De acordo com a pesquisa da terceira edição do Anuário DataZAP, estudo realizado pela fonte de inteligência imobiliária do Grupo OLX, foram lançadas 1.295 novas unidades econômicas na Capital no ano passado.
O gerente de Pesquisa e Inteligência de Mercado do Grupo OLX, Coriolano Lacerda, explica um dos motivos para o aumento da oferta de apartamentos econômicos em Belo Horizonte.
“Pelo lado da oferta, a Prefeitura de Belo Horizonte assinou contratos com a Caixa Econômica Federal para construir, pelo menos, 600 empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida em terrenos de propriedade do município”, revela Lacerda.
As políticas públicas, especialmente do Governo Federal, que estão direcionando subsídios e recursos dos bancos públicos para esse segmento de mercado, também têm sido um fator importante. É o que descreve o diretor do CMI/Sicovi-MG, Leonardo Matos.
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“Essa política é válida tanto para os compradores de imóveis quanto para os empreendedores, aquelas construtoras que fazem esse tipo de empreendimento. Como exemplo, a Caixa Econômica Federal, hoje, direciona grande parte dos recursos dela, limitados ao valor do imóvel e ao tipo de empreendimento”, conta Matos.
Segundo o gerente do Grupo OLX, Minas Gerais ampliou a concessão de crédito em comparação com o restante do país, o que facilitou a compra de apartamentos econômicos na capital mineira.
“Pelo lado da demanda, temos o Programa Minha, Casa Minha Vida (MCMV), que garantiu recursos do FGTS para emprestar aos interessados elegíveis para adquirir um imóvel do segmento econômico. De acordo com dados do Banco Central, a concessão de crédito no Estado de Minas Gerais cresceu, em termos reais, levemente acima do restante do país (comparação dos meses de novembro de 2023 e 2024, dados mais recentes disponíveis). O FGTS foi a principal fonte de recursos, em termos de montante, da concessão de crédito imobiliário ao longo de 2024 no Estado”, detalha.
Pesquisa mostra valorização do preço de venda e locação
No aspecto de preços, o anuário apontou que todos os segmentos apresentaram elevações, mas os imóveis de médio-alto padrão se destacaram, com uma valorização de 33%, atingindo o valor de R$ 13,7 mil por m². Já os apartamentos econômicos tiveram um aumento de 21%, com o preço médio chegando a R$ 7 mil por m².
Uma das novidades da edição de 2024 foi a análise do mercado de aluguel. O estudo revelou que os apartamentos de dois dormitórios foram os mais procurados, representando 47% das buscas. Além disso, as unidades com 60 a 90 m² foram as preferidas pelos consumidores. Em termos de preços, a maior demanda foi por imóveis de até R$ 2,5 mil, especialmente na faixa de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil.
Em relação à localização, os bairros Lourdes, Buritis e Savassi se destacaram como os mais procurados, respondendo, respectivamente, por 4,2%, 3,8% e 3,7% das buscas. A oferta de imóveis foi liderada por Buritis, com 8,3% dos lançamentos, seguido por Castelo, com 4,7%.
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