Lançamentos de lotes fechados em Minas Gerais crescem 316,9% no 3º trimestre

Pesquisa realizada sobre o mercado de loteamentos em Minas Gerais constatou que os lançamentos de lotes fechados aumentou 316,9% no terceiro trimestre de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023, quando foram ofertadas 938 unidades, contra 225 lotes no intervalo anterior. Este resultado chega a ser quatro vezes superior ao período comparado.
Segundo os dados da consultoria Brain, encomendados pela Associação das Empresas de Loteamento Urbano de Minas Gerais (Aelo-MG) e outras entidades setoriais, esse resultado é atribuído ao Valor Geral Lançado (VGL) dos loteamentos abertos e fechados que, somados, compreendem uma alta de 29,3% em relação ao segundo trimestre de 2024.
Esse movimento, por sua vez, indica um valor de tíquete médio superior, e também a valorização do produto no mercado, conforme analisa o presidente da Aelo-MG, Flávio Guerra.
“Os resultados mostram que o mercado de loteamentos em Minas Gerais tem uma forte demanda reprimida, com a intenção de compra alcançando 48%, o melhor patamar histórico já registrado”, destaca.
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Mercado pode chegar a R$ 3 bilhões e busca é por loteamentos sustentáveis
Considerando o desempenho obtido no terceiro trimestre de 2024 e em resultados anteriores, a expectativa, segundo o dirigente, é de um crescimento contínuo, capaz de estabelecer um balanço final de 2024 com um Valor Geral de Vendas (VGV) próximo a R$ 3 bilhões. Esse crescimento pode representar uma montante 25% superior ao ano anterior.
Ainda segundo Guerra, essa tendência observada ilustra uma realidade em que as pessoas buscam por loteamentos que sejam sinônimo de proximidade entre casa e trabalho. Essa característica eleva a valorização dos bairros e a integração de serviços indispensáveis como comércio, transporte público e serviços essenciais.

Para o especialista, os loteamentos do futuro serão marcados pela preocupação ambiental. A inclusão de áreas verdes preservadas, sistemas de drenagem sustentável e até mesmo projetos para reaproveitamento de água estão deixando de ser diferenciais para se tornarem exigências básicas.
“Hoje, sabemos que o ponto central de qualquer cidade deve ser a comunidade, as pessoas que vão morar no local, mas isso é feito também por meio da preservação ambiental e do fomento à economia pela rede de comércio que se forma: o açougue, o hortifrúti, a papelaria e assim por diante”, esclarece o especialista.
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