Rota Sertaneja: quatro grupos vão disputar o leilão das BRs-153 e 262 na quinta-feira (6)
                            O leilão de concessão das rodovias BR-153 e BR- 262, a chamada Rota Sertaneja, atraiu o interesse de quatro grupos, revelaram ao Diário do Comércio fontes ligadas ao processo licitatório. Figurinhas repetidas nas disputas, os proponentes foram: a XP, a Way Concessões, a francesa Vinci e um consórcio da Construcap com a espanhola Copasa.
Marcado para quinta-feira (6), às 14h, na B3, em São Paulo, o certame envolve um trecho de 530,6 quilômetros (km), a chamada Rota Sertaneja, que atravessa Goiás e Minas Gerais. O projeto prevê que a concessionária invista mais de R$ 10 bilhões no segmento durante os 30 anos de contrato, sendo cerca de R$ 5,3 bilhões em melhorias, incluindo obras de ampliação de capacidade, e aproximadamente R$ 4,9 bilhões em serviços operacionais.
Cabe destacar que a Way já é responsável pela concessão da Rota do Zebu, fatia da BR-262 entre Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e Uberaba, no Triângulo Mineiro. A Vinci, por sua vez, opera a BR-040, de Belo Horizonte até a cidade goiana de Cristalina, enquanto a Construcap e a Copasa, em consórcio com outro grupo, administra as BRs-040 e 495, entre Juiz de Fora, na Zona da Mata, e o Rio de Janeiro.
Embora não tenha ligação com Minas Gerais, recentemente, um consórcio liderado pela XP ganhou o direito de assumir a Rota da Celulose, projeto que abrange rodovias federais e estaduais no Mato Grosso do Sul. Realizado em maio, o consórcio ficou em segundo lugar, porém, contestou a vitória do grupo vencedor que. após análise da comissão de licitação, foi desclassificado por vícios na documentação apresentada.
Saiba o que está previsto no projeto
Importante corredor para o escoamento de produtos, sobretudo do agronegócio, a Rota Sertaneja compreende 21 municípios, sendo sete goianos e 14 mineiros. O trecho da BR-153 inicia em Goiás, ligando Hidrolândia até Itumbiara, na divisa com Minas Gerais, e segue para Araporã, no Triângulo Mineiro, até Fronteira, na mesma região, no limite com São Paulo. Já o segmento da BR-262 começa em Uberaba e vai até Comendador Gomes.
O projeto promete impulsionar o desenvolvimento econômico local. Além de encurtar distâncias e melhorar a segurança dos usuários das vias, a concessão deve gerar quase 80 mil empregos, entre diretos, indiretos e via efeito de renda.
Conforme previsto no Programa de Exploração da Rodovia (PER), o grupo que vencer o leilão terá que duplicar mais de 42 km das rodovias, com obras entre o terceiro e o sétimo ano do contrato. Praticamente toda a duplicação, com exceção de um trecho de 0,1 km em Itumbiara, será em Minas Gerais, dos quais 21,1 km na BR-153 e 21,8 km na BR-262.
Além das duplicações, a concessão prevê outras melhorias como:
- 4,1 km de contornos;
 - 31,8 km de faixas adicionais;
 - 4,9 km de vias marginais;
 - seis passarelas, 132 acessos, 146 pontos de ônibus, cinco passagens de fauna, um Ponto de Parada e Descanso (PPD).
 
Praças de pedágio
O pagamento de pedágio está previsto para ter início no primeiro ano da concessão, com a operação das cinco praças já existentes. Os pontos de cobrança ficam nas cidades goianas de Piracanjuba e Itumbiara e nas mineiras Prata, Fronteira e Campo Florido.
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