Economia

Leilões na B3 podem gerar mais de R$ 65 bilhões em investimentos para Minas Gerais

Até o momento, esses leilões asseguraram mais de R$ 47 bilhões em investimentos nos variados setores de infraestrutura em Minas Gerais
Leilões na B3 podem gerar mais de R$ 65 bilhões em investimentos para Minas Gerais
Crédito: Adobe Stock

Os leilões promovidos pelos governos federal, estadual e municipal na B3, nos últimos dois anos, devem gerar mais de R$ 65 bilhões em investimentos para Minas Gerais. Até o momento, 15 leilões já foram realizados nesse período e mais um está previsto para ocorrer ainda este ano. Eles também impactaram na criação de aproximadamente 212 mil vagas de empregos no Estado.

Entre aqueles que já foram concretizados, houve a desestatização de 28 ativos que serão geridos e mantidos pela iniciativa privada pelos prazos contratuais. Os investimentos assegurados por eles superam os R$ 47 bilhões (capex) nos variados setores de infraestrutura alcançados pelos leilões. Já para a operação e manutenção dos equipamentos, foram mais de R$ 17,5 bilhões em investimentos (opex).

Além disso, está previsto para a próxima quinta-feira (30), a realização do leilão para a concessão dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário do município de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. A expectativa é de que esse negócio gere um investimento de cerca de R$ 1,3 bilhão.

O superintendente de Relacionamento e Governança em Licitações da B3, Guilherme Peixoto, destaca o papel da bolsa de valores que visa unir os investidores do setor privado a projetos de infraestrutura no Brasil.

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“Diferentes órgãos federais, estaduais e municipais têm reconhecido a nossa credibilidade e capacidade para auxiliá-los nos processos de concessão e somos muito gratos por isso. O Estado de Minas Gerais tem sido um grande parceiro e esses números demonstram o êxito dessa união entre o Poder Público e a iniciativa privada”, comenta.

Leilões no setor de energia impulsionam investimentos

Entre os setores que mais impulsionaram os investimentos nos últimos dois anos, o grande destaque foi o de energia. No total, foram três leilões da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que concederam 11 lotes e que impactaram diretamente a transmissão de energia elétrica de Minas Gerais. As linhas de transmissão receberão mais de R$ 25 bilhões em investimentos privados ao longo dos períodos de concessão e a estimativa é de que 40 mil empregos serão criados.

Já no setor rodoviário, foram 2,3 mil quilômetros de rodovias concedidas à iniciativa privada no Estado. Dentre os acordos fechados, está a conclusão da licitação do novo rodoanel de Minas Gerais após muitos anos de discussões e impasses. Além desse projeto, foram concedidas as rodovias BR-116/465/493/RJ/MG, que liga a capital do Rio de Janeiro a Governador Valadares, além dos lotes de Varginha e Furnas, do Sul de Minas e do Triângulo Mineiro.

Outro destaque é o setor aéreo. Em agosto de 2022, ocorreu a 7ª Rodada de Concessões de Aeroportos promovida pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), com três aeroportos concedidos. Minas integrou o lote SP-MG-MS-PA, com as cidades de Uberlândia, Montes Claros e Uberaba. A previsão é de que mais de R$ 500 milhões serão investidos na aviação local.

O Estado ainda contou com o leilão do metrô de Belo Horizonte, que receberá mais de R$ 3,7 bilhões em investimentos (capex) que serão destinados para trabalhos de melhorias e ampliação das linhas. Além disso, está previsto o aporte de aproximadamente R$ 7 bilhões para manutenção e operação do equipamento, que promete beneficiar mais de 300 mil passageiros por dia.

A capital mineira também foi contemplada com a concessão de seu terminal rodoviário e das estações de transferência da região metropolitana, que impactam 940 mil pessoas diariamente.

Outros projetos que aconteceram entre 2022 e 2023. Entre eles o primeiro leilão para a concessão dos serviços de manejo de resíduos sólidos no Brasil, feito pelo consórcio de municípios Convale; o de iluminação pública do município de Nova Lima; a concessão dos parques estaduais de Ibitipoca e Itacolomi e a estruturação de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) da Companhia de Habitação do Estado de Minas Gerais (Cohab-MG).

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