Economia

Licenciamento atrasa projeto em Serra Azul

Licenciamento atrasa projeto em Serra Azul
Ativos da MMX Sudeste foram assumidos pela Mineração Morro do Ipê após recuperação judicial - Bruno Magalhães/Divulgação

A Mineração Morro do Ipê, que previa retomar as operações da mina Tico-Tico, na região de Serra Azul, em 2020, só deve iniciar as atividades no ativo em 2021. O atraso se deve ao processo de licenciamento ambiental, cujas expectativas da companhia apontam para a obtenção das licenças até meados de 2019.

A Morro do Ipê assumiu os ativos de Tico-Tico e Ipê, que pertenceram à antiga MMX Sudeste, e já havia reiniciado as atividades na mina Ipê, com foco no processamento de estoques de minério de ferro já existentes no complexo minerário, o que, segundo a companhia, continua acontecendo.

Já a mina Tico-Tico foi submetida a um novo projeto de produção e exploração e atualmente encontra-se em fase de licenciamento ambiental. De acordo com informações da mineradora, além do desenvolvimento de novos estudos de impacto de meio ambiente, o licenciamento inclui questões como o tratamento de rejeitos do processamento do minério por meio de um sistema de filtração, secagem e empilhamento, o que deve reduzir a quantidade de resíduos depositados na barragem de rejeitos.

Além disso, o potencial das áreas de recomissionamento da mina também está sendo estudado. A produção em ambos os ativos e nas unidades de processamento do minério é de itabirito friável, um tipo de minério de ferro, segundo a companhia, competitivo e de melhor qualidade e um cenário de demanda estável.

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Nas suas operações no Estado, a companhia conta, atualmente, com 200 colaboradores, que foram contratados prioritariamente nas comunidades locais de Igarapé, Brumadinho e São Joaquim de Bicas, segundo informações da empresa.

A Mineração Morro do Ipê foi criada para deter e administrar as minas Ipê e Tico-Tico e suas unidades de processamento localizadas na região de Serra Azul, no Estado. A Mubadala Development Company e Trafigura detêm, cada uma, 25,5% da composição acionária da companhia e os demais 49% pertencem aos credores da MMX Sudeste, que aprovaram a iniciativa de acordo com o plano de recuperação judicial da mineradora, que pertenceu ao empresário Eike Batista.

Recuperação – Recentemente, o presidente da Comissão de Falência e Recuperação Judicial da OAB/MG e administrador judicial do Plano de Recuperação Judicial da MMX Mineração e Metálicos, controladora da MMX Sudeste, Bernardo Bicalho de Alvarenga Mendes, afirmou que o processo não tem data prevista para ser concluído.

O motivo é que processos incidentais, que são procedimentos secundários que incidem sobre o principal, precisam de solução antes da decisão da causa (recuperação judicial) ser proferida. Além disso, a antiga mineradora que fez parte do império do empresário Eike Batista, anunciou que vai reduzir seu capital social de R$ 5,404 bilhões para R$ 30 milhões, mantendo inalterado o número de ações de emissão da companhia e o percentual de participação dos acionistas no capital social.

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