Economia

Líder do governo apresenta pedido de urgência para projeto sobre mineração em terras indígenas

Líder do governo apresenta pedido de urgência para projeto sobre mineração em terras indígenas
Vista aérea de garimpo ilegal de ouro em área desmatada da floresta amazônica no município de Itaituba (PA) | Crédito: REUTERS/Nacho Doce

Brasília – O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), apresentou nesta quarta-feira (09) pedido de urgência para o projeto que autoriza a mineração em reservas indígenas, com o apoio inclusive de partidos que buscam ter uma atuação independente em relação ao Executivo, como o PSDB e o União Brasil.

Subscreveram o requerimento de urgência as lideranças do governo, do PP, do PTB, do PL, do Republicanos, do bloco partidário PSC e PTB, do PSDB, do União e do Avante.

O pedido ainda precisará ser votado em plenário. Se for aprovada, a proposta poderá ir à votação ainda nesta quarta-feira, caso o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decida pautá-la. Com isso, a matéria não precisaria passar pela tramitação regular pelas comissões temáticas da Casa.

O tema já vinha sendo defendido por Bolsonaro e aliados, mas ganhou proporção com a movimentação de Barros pela coleta das assinaturas necessárias para a apresentação do requerimento que confere o regime de urgência de tramitação à proposta.

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Bolsonaro voltou à carga a favor do projeto usando a guerra na Ucrânia como justificativa, diante do impacto no fornecimento de fertilizantes ao Brasil, uma vez que a Rússia é importante exportadora do produto ao país.

Na última semana, o líder do governo já havia anunciado que trabalhava pela coleta de assinaturas para o requerimento que, se aprovado, permitirá a análise expressa do projeto.

O país importa cerca de 85% do seu consumo de fertilizantes, incluindo potássio, que enfrenta um “gargalo” maior em função do conflito. No caso dos potássicos, as compras externas do país somam 96% do consumo.

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