Light espera levantar até R$ 700 milhões com debêntures

A Light, controlada pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e que possui ativos de geração e é responsável pela distribuição de eletricidade na região metropolitana do Rio de Janeiro, anunciou ao mercado que fará sua 15ª emissão de debêntures para levantar até R$ 700 milhões. Apesar de não informar detalhes, a empresa afirmou que os recursos serão direcionados para investimentos.
Em fato relevante, divulgado ontem ao mercado via B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), a Light informou que já submeteu o pedido de análise prévia para registro da oferta pública de debêntures simples à Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Segundo a companhia, serão ofertadas, inicialmente, 700 mil debêntures, com valor nominal unitário de R$1 mil, chegando a um total de R$ 700 milhões. A companhia fez ainda uma ressalva, que é a possibilidade de distribuição parcial das debêntures, com a emissão de 400 mil debêntures, o que equivale a um total de R$ 400 milhões, que seria o montante mínimo da operação.
A Light acrescentou que a operação será coordenada por instituições financeiras integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários, podendo, ainda, contar com a participação de determinadas instituições financeiras que não se enquadrem como coordenadores, autorizadas a operar no mercado de capitais brasileiro, para os assessorarem e/ou participarem da colocação das debêntures junto a potenciais investidores e clientes.
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No começo desta semana, a Light já havia informado ao mercado que estava avaliando a realização de uma captação de recursos por meio de uma oferta pública de ações ordinárias de sua emissão. A empresa já havia, inclusive, celebrado um memorando preliminar de entendimentos não-vinculante visando à ancoragem da potencial oferta por fundos de investimentos liderados pela GP Investments.
Cemig – Antes, em coletiva de imprensa para divulgação dos resultados do segundo trimestre, o diretor Financeiro e de Relação com Investidores da Cemig, Maurício Fernandes, confirmou que a companhia seguia avaliando ativos para vender, mas, para este ano, estava focada na consolidação de três negócios, entre eles, a venda da Light.
A negociação da Light vem sendo perseguida pela Cemig como uma das prioridades do seu plano de desinvestimentos, que tem como um dos objetivos reduzir a dívida líquida da estatal, hoje, em torno de R$ 13,3 bilhões. A empresa fluminense já recebeu propostas não-vinculantes, mas nenhuma se concretizou.
A Cemig tem como sócios na Light o Banco do Brasil, a BV Financeira e o Banco Santander. Hoje, a estatal detém uma fatia de aproximadamente 48,75% no capital da Light.
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