Log dobra lucro líquido para R$ 91,9 mi no 2º trimestre
São Paulo – A Log Commercial Properties, que desenvolve, loca e administra galpões logísticos, mais que dobrou o lucro líquido do segundo trimestre no comparativo anual, ajudada por medidas operacionais e desenvolvimento de novos ativos.
O lucro líquido da Log CP nos meses de abril a junho subiu 108,8% sobre o mesmo período de 2023, para R$ 91,89 milhões, com margem líquida de 172,1%, 95,4 pontos percentuais acima do apurado um ano antes, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira.
O presidente-executivo da companhia, Sérgio Fischer, disse à Reuters que a companhia tem se beneficiado da demanda crescente do comércio eletrônico por empreendimentos logísticos.
“Mais de 50% da nossa demanda tem vindo de e-commerce, principalmente pelo fato de a gente ter essa diversificação geográfica”, afirmou o executivo.
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“A gente vê esse mercado muito aquecido, tem novos entrantes nesse mercado, você vê essas novas plataformas chinesas vindo com muito apetite e organizando essa capilaridade nacional.”
A empresa teve lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 140,86 milhões de reais no segundo trimestre, o dobro do alcançado no trimestre encerrado em junho de 2023, com margem Ebitda de 263,8%, de 122,6% um ano antes.
A Log CP prevê entregar entre 2024 e 2028 2,5 milhões de metros quadrados de Área Bruta Locável (ABL), com um lucro bruto esperado entre 1,8 bilhão e R$ 2 bilhões a partir do desenvolvimento de novos ativos.
No mesmo período, a companhia espera um crescimento de receita anualizada em locação de 2,3 a 2,7 vezes e uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) entre 20% e 25%, com a reciclagem de 200 a 250 mil metros quadrados de ABL de ativos por ano para financiar o plano de expansão.
O indicador de dívida líquida sobre patrimônio líquido da Log CP estava em 30,7% no fim de junho, queda de 1,4 ponto percentual versus um ano antes. Já a dívida líquida ajustada sobre Ebitda caiu a 1,5 vez no período, de 2 vezes no final do segundo trimestre de 2023 e 2,6 vezes no trimestre anterior.
“É um número super saudável para o tamanho da companhia”, afirmou Fischer, sobre o patamar de R$ 531,2 milhões de dívida líquida ajustada no trimestre. “A gente tem como meta não extrapolar muito os 700 (milhões).”
Ele também acrescentou que a companhia pretende continuar realizando recompra e cancelamento de ações, estratégia que vem adotando nos últimos meses.
“Vamos continuar fazendo esse movimento enquanto a gente entender que tem uma dicotomia, um “gap” muito grande, entre o valor do papel na bolsa e o valor que a gente consegue vender nossos ativos.”
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