Log acelera vendas de lotes no Parque Industrial de Betim e deve fechar o ano com 46% do ativo negociado

Em agosto deste ano, a Log Commercial Properties adotou um novo modelo para financiamentos no Parque Industrial de Betim (PIB), na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Em pouco tempo, a estratégia rendeu frutos: três contratos de vendas de lotes foram fechados em setembro e outros cinco podem ser selados ainda neste mês.
Os nomes dos compradores e dos interessados são mantidos em sigilo. O diretor comercial da empresa, Guilherme Trotta, afirma que a maior parte dos negócios envolve terrenos de cinco a dez mil metros quadrados (m²) e clientes de segmentos que já ocupam espaços no empreendimento, como o farmacêutico, o alimentício e o de transportadores, por exemplo.
Ele destaca que o empreendimento segue com a vocação de ser sede própria de operadores logísticos e de indústrias de diferentes tamanhos. Cabe dizer que o Mercado Livre, a Vilma Alimentos, a Belgo Arames, o Grupo Buzatto’s e a Mauari mantêm operações no local, enquanto a Landini, a TransAbril, a JC Transportes e a Itu Bombas estão construindo.
Mais oito empresas devem ocupar lotes no PIB em breve, já que se encontram em fase de aprovação de projeto. São elas: JC Decor, Ilcon Montagens, Ferro Ligas Brasil, Metaltrade, WTP Ultrasonic/MS Ultrasonic Technology Group, Designtex, Gira Bebedouros e Fiber Minas. Fora de todos os citados, têm os clientes que fecharam acordos recentemente.
Modelo de financiamento próprio, com maiores prazos
O Parque Industrial de Betim está em funcionamento desde 2018 e foi lançado oficialmente em 2022, após atingir uma maturidade com a instalação de três empresas-âncoras. A “longa” e “boa” ocupação é o foco da Log quando negocia lotes do empreendimento.
Segundo Trotta, o modelo de vendas de terrenos do PIB mudou ao longo do tempo. No início, os clientes precisavam pagar à vista, posteriormente poderiam parcelar em 12 meses, depois 24 meses e, por fim, 36 meses. Contudo, a empresa percebeu que precisava rever a estratégia para atender aos interessados e, após estudos, decidiu adotar os moldes atuais.
Agora, quem quer adquirir um lote no empreendimento pode financiá-lo em até 144 meses, com juros de 10% ao ano, corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Conforme o diretor comercial, o financiamento é próprio, ou seja, feito pela própria Log, e as condições são melhores do que as ofertadas no mercado financeiro.
Metas da empresa e valorização do metro quadrado
Com as vendas aceleradas pelo novo modelo de financiamento, a Log tem a meta de comercializar ao menos 150 mil m² do Parque Industrial de Betim em 2025, volume maior do que o de 2024, quando vendeu mais de 100 mil m². Se o objetivo for cumprido, cerca de 46% do ativo terá sido negociado, taxa que, atualmente, está em torno de 40%.
Anteriormente, a empresa informou que a expectativa é que 100% do empreendimento esteja ocupado até 2032, alvo que possivelmente será atingido na opinião de Trotta. Além das condições para os clientes e das vantagens competitivas, as construções de um arco viário e do aeroporto na cidade, a criação do Rodoanel Metropolitano e a expansão da rede de gás natural no perímetro do PIB tendem a fomentar os negócios e também valorizar o preço do metro quadrado, que deve passar dos atuais R$ 350 a R$ 400 para até R$ 700.
“Com paciência temos sido assertivos no tipo de ocupação do PIB e agora a gente vem acelerando”, diz o diretor comercial. “Essa estratégia de financiamento em longo prazo com a valorização da macrorregião é uma combinação perfeita para o nosso negócio”, destaca.
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