Economia

Lucro líquido da MRV&CO sobe 30,9%

Lucro líquido da MRV&CO sobe 30,9%
Com 9.996 unidades, a MRV alcançou o recorde de lançamentos no primeiro trimestre | Crédito: Divulgação/Nitro Imagens

A belo-horizontina MRV Engenharia Participações S/A, uma das 100 maiores empresas globais da construção civil, apurou lucro líquido de R$ 137 milhões no primeiro trimestre. O resultado significa avanço de 30,9% na comparação com o mesmo período do ano passado (R$ 104 milhões).

Mesmo com o cenário desafiador causado pela pandemia de Covid-19, o grupo, agora representado pela marca MRV&CO – que engloba as empresas MRV, Urba, Luggo, AHS e Sensia, também apurou, nos últimos três meses, receita operacional líquida de R$ 1,59 bilhão, alta de 5,9% contra os R$ 1,50 bilhão de 2020, recorde de lançamentos e o segundo maior volume de vendas da companhia.

De acordo com o diretor executivo de Finanças e Relações com Investidores da MRV, Ricardo Paixão, as vendas totalizaram R$ 1,6 bilhão em Valor Geral de Venda (VGV) e 9.714 unidades, números inferiores à mesma época de  2020: 3,2% e 7,8%, respectivamente. Já os lançamentos totalizaram R$ 1,7 bilhão em VGV e 9.996 unidades entre janeiro e março, o equivalente a um aumento de 58% e 48,8%, pela ordem, frente ao primeiro trimestre do ano passado.

“Vemos que, na verdade, a demanda por apartamentos continua muito elevada. As pessoas permanecem com o desejo de adquirir a casa própria, valorizando a moradia. Essa é uma tendência que veio para ficar e vem se confirmando por meio dos números”, explicou.

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Em relação ao número expressivo de lançamentos, Paixão disse que reflete tanto o aumento da demanda quanto a preparação da empresa para o crescimento. A construtora projeta comercializar 80 mil unidades por ano até 2025. “A empresa já vem, há algum tempo, se preparando para crescer. Aumentou o land bank e vem colocando esses terrenos em produção. Com isso, existem mais projetos em aprovação nas prefeituras, em incorporação nos cartórios e mais unidades para vender, lançar e construir”, detalhou.

Além disso, a companhia informou que segue com a estratégia de diversificação de sua plataforma habitacional multifunding, tendo alcançado 21,6% de suas vendas fora do Programa Casa Verde e Amarela, considerando o total de suas vendas nos últimos 12 meses. A meta é chegar em 2025 com a divisão equilibrada e as vendas dentro e fora do programa representarem 50% cada.

E o balanço trouxe ainda que o Ebitda (lucro líquido antes do imposto de renda, contribuição social, despesas financeiras líquidas, despesas de depreciação e amortização) chegou a R$ 211 milhões no acumulado dos primeiros três meses de 2021, montante 4,2% superior aos R$ 203 milhões apresentados entre janeiro e março do exercício anterior.

Caixa A geração de caixa da companhia, por sua vez, encerrou o primeiro trimestre deste ano novamente no negativo. Após ter chegado a menos R$ 328 milhões nos primeiros três meses do exercício passado, desta vez foi menos R$ 384 milhões em decorrência da antecipação da compra de matéria-prima necessária para a construção de suas obras, de modo a garantir o preço e evitar interrupções no fornecimento, dado o atual cenário de inflação de materiais na construção civil.

Outro efeito que impactou a geração de caixa negativamente foi o pior desempenho dos repasses no início do trimestre, principalmente em janeiro. A empresa ressaltou que os pagamentos se normalizaram em março. Por fim, em 28 de janeiro foram pagos R$ 100 milhões a título de dividendos extraordinários à conta de lucros do exercício de

2019.

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