Economia

Usiminas comemora os resultados do 3º trimestre

Usiminas comemora os resultados do 3º trimestre
Na avaliação do diretor-presidente da siderúrgica, desempenho positivo é resultante dos esforços da companhia desde 2016 - CREDITO: CHARLES SILVA DUARTE

A Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas) encerrou o terceiro trimestre de 2018 com lucro líquido de R$ 289 milhões. O resultado reverteu o prejuízo do trimestre anterior, que foi de R$ 19 milhões. Em relação ao mesmo período de 2017, foi apresentado crescimento de 280%, já que o resultado naquela época havia sido de R$ 76 milhões.

Assim, a empresa encerrou o período com o melhor Ebitda Ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) trimestral em oito anos, descontados efeitos extraordinários. No intervalo, o indicador atingiu R$ 702,8 milhões, uma elevação de R$ 183,9 milhões em relação ao período de abril a junho, quando ficou na marca de R$ 518,8 milhões. A margem de Ebitda Ajustado foi de 18,2%, contra 16,2% no segundo trimestre de 2018.

Para o diretor-presidente da Usiminas, Sergio Leite, o resultado é fruto dos esforços da companhia desde o segundo trimestre de 2016. Ele recorda que, no final do primeiro semestre daquele ano, a situação da empresa ainda era crítica e, a partir de 2017, começou a reverter a curva de desempenho da siderúrgica.

“Naquela ocasião, o Ebitda da companhia era negativo e começamos a trabalhar intensamente em todos os processos. Já no segundo semestre de 2016, conseguimos alcançar R$ 300 milhões no indicador, depois passamos para R$ 500 milhões em 2017 e hoje já estamos com a margem na casa dos R$ 600 milhões”, detalhou.

Além disso, conforme a Usiminas, o resultado foi possível graças aos maiores preços e volumes de aço vendidos no mercado doméstico e maiores preços praticados na exportação, bem como os volumes de minério de ferro comercializados no período.

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Aço e minério – Em relação à venda de aço, a companhia registrou negócios de 1,1 milhão de toneladas no terceiro trimestre – maior volume comercializado desde o quarto trimestre de 2015. Já as vendas de minério de ferro ficaram em 1,8 milhão de toneladas. Assim, a receita líquida no terceiro trimestre somou R$ 3,9 bilhões, contra R$ 3,2 bilhões no trimestre anterior.

No que diz respeito aos investimentos, a empresa registrou alta no período. O Capex totalizou R$ 90,3 milhões, valor 35,2% superior ao registrado nos meses de abril a junho, de R$ 66,8 milhões. Já em relação aos mesmos meses do ano passado, o aumento foi de 73%, uma vez que, naquela época, os aportes chegaram a R$ 52 milhões.

“Contabilizamos uma produção de 845 mil toneladas de aço bruto na usina de Ipatinga (Vale do Aço) no terceiro trimestre e conseguimos manter a produção de laminados estável”, comentou o diretor-presidente.

Já quando considerado os nove meses de 2018, o lucro líquido da siderúrgica chegou a R$ 427 milhões, alta de 19% ante o visto no mesmo intervalo do ano passado. O Ebitda Ajustado foi de R$ 1,8 bilhão no acumulado de janeiro a setembro deste ano, sobre R$ 1,7 bilhão na mesma época de 2017.

Aniversário – Na sexta-feira (26), a Usiminas completou 56 anos de operação, e o diretor-presidente da Usiminas aproveitou a ocasião da divulgação dos resultados para enaltecer o trabalho que vem sendo realizado por sua equipe.

“Nosso foco de atuação abrange todos os processos: da infraestrutura, passando pelo relacionamento com o cliente à agregação de valor ao produto. São dezenas de ações e processos sempre com vistas a identificar oportunidades de ações de melhoria”, definiu.

Assim, a empresa conseguiu, nos últimos trimestres, sair da pior fase de sua história, que teve início com a crise mundial do setor e a maior volatilidade do preço do minério de ferro, em 2013. Somado a isso, teve a briga pública entre os sócios majoritários da companhia, Nippon Steel & Sumitomo Metal (NSSMC) e Ternium Techint nos anos seguintes. Sem contar o posterior endividamento da controladora Usiminas, que quase levou a siderúrgica a um pedido de recuperação judicial em 2016.

A partir de 2017, o cenário começou a mudar: a companhia voltou a apurar lucro e retomou as atividades operacionais do alto-forno 1 da Usina de Ipatinga. Já decisões como a reforma do alto-forno 3, da usina mineira; a reativação da produção de aço bruto em Cubatão (SP) e instalação de uma nova linha de galvanização em Minas, ficarão para 2019.

“O compromisso que podemos assumir é continuar trabalhando de forma intensa, buscando cada dia construir resultados melhores para a empresa”, garantiu Leite.

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