Lula lança nesta quinta-feira (4) no Aglomerado da Serra, em BH, o programa Gás do Povo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lança nesta quinta-feira (4), em Belo Horizonte, o novo programa Gás do Povo, que vai oferecer botijões de gás de 13 kg gratuitamente para 15,5 milhões de famílias brasileiras. A cerimônia é realizada no Aglomerado da Serra, a maior favela de BH, em um evento que marca a nova etapa da política social de combate à pobreza energética no Brasil.

A iniciativa é uma parceria do governo federal com o Ministério de Minas e Energia (MME), liderado pelo ministro Alexandre Silveira, e promete impacto direto na vida de cerca de 50 milhões de pessoas em todo o país.

Em Minas Gerais, a expectativa é beneficiar mais de 1,2 milhão de famílias, alcançando aproximadamente 3,6 milhões de mineiros — o equivalente a 5 milhões de botijões distribuídos por ano. Segundo o governo, o programa será custeado com recursos já previstos na Lei Orçamentária Anual de 2025, sem necessidade de créditos extras.

Novo formato substitui Auxílio Gás e garante mais transparência

O Gás do Povo vai substituir o atual Auxílio Gás, e, com isso, triplica o número de beneficiados. Ao invés de repassar o valor em dinheiro, o governo vai entregar o botijão diretamente nas revendas credenciadas, com diferentes formas de retirada, como aplicativo, cartão do programa, vale impresso ou o próprio cartão do Bolsa Família.

O benefício será destinado a famílias inscritas no CadÚnico com renda per capita de até meio salário mínimo, com prioridade para beneficiários do Bolsa Família. A quantidade de botijões varia conforme o número de integrantes da família:

• Até 3 botijões por ano para famílias com 2 pessoas;
• Até 4 botijões para famílias com 3 integrantes;
• Até 6 botijões para famílias com 4 ou mais integrantes.

Impacto social e econômico para Minas Gerais

O lançamento em BH reforça a importância estratégica de Minas Gerais no novo programa. Com mais de 1,2 milhão de famílias mineiras incluídas, a expectativa é que o uso de lenha e outros combustíveis tóxicos caia significativamente, melhorando as condições de saúde, especialmente para mulheres e crianças.

Segundo o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sergio Bandeira de Mello, o programa pode reduzir em até 50% o uso de lenha nas residências brasileiras, um dos principais indicadores de pobreza energética. Ele destaca que o impacto logístico, regulatório e social será enorme, e o setor já se prepara para atender à demanda com segurança e eficiência.