Maioria dos lojistas espera queda nas vendas da Páscoa neste ano

A maioria dos empresários mineiros, que os negócios são influenciados pelas vendas na Páscoa, acredita que a data neste ano resultará em números inferiores aos verificados em 2020.
De acordo com uma pesquisa divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG), 54,3% dos entrevistados consideram que as vendas no período serão piores do que as realizadas no ano passado. Os reflexos da pandemia da Covid-19 estão entre os motivos para essa expectativa.
“Esse cenário é justamente devido ao momento de incerteza que estamos vivendo. Estamos em meio a uma crise econômica, que veio através da crise sanitária provocada pela pandemia do coronavírus e que ocasiona a falta de renda, o desemprego, deixa o consumidor mais cauteloso. Tudo isso gera essa incerteza e a cautela dos empresários, que consequentemente acabam sendo receosos em relação às vendas”, destaca a analista de pesquisa da Fecomércio MG, Carolina Barcelos.
Entre os empresários que acreditam que as vendas na Páscoa deste ano serão piores do que as realizadas em 2020, grande parte cita a crise econômica (44,7%) como o principal motivo. Outros fatores apontados foram a pandemia (43,6%), a falta de dinheiro/desemprego (35,1%), outros (6,4%), consumidor mais cauteloso (2,1%) e valores altos dos produtos (1,1%).
Nesse cenário, entretanto, há também os empresários que acreditam que as vendas em 2021 serão iguais ao ano passado (23,1%) e aqueles que creem que elas serão melhores (18,5%).
“Os empresários que apostam em vendas melhores são motivados principalmente pelo otimismo, pela esperança e também pela melhora que observaram nas venda dos últimos meses. Além disso, tem ainda o valor afetivo da data. Mesmo com o isolamento social, muitos consumidores devem presentear durante a Páscoa, mesmo que seja só uma lembrança”, aponta Carolina Barcelos.
A pesquisa mostra que a maior parte dos empresários que acreditam que as vendas serão melhores do que em 2020 destacam otimismo/esperança como motivo (43,8%). Eles também citaram melhora das vendas nos últimos meses (28,1%), outros (21,9%), valor afetivo da data (12,5%), consumidor mais confiante (6,3%) e ações da loja (3,1%).
Ações
O levantamento da Fecomércio MG também mostra as ações que as lojas deverão adotar para melhorar as vendas na Páscoa deste ano.
Promoções e liquidações (45,7%) ficaram no topo do ranking. Posteriormente vêm propaganda (20,8%), visibilidade de loja (12,1%), atendimento diferenciado (9,2%), produtos alternativos ao chocolate (6,4%), outros (5,2%), diversificação do mix de produtos (4,6%), preço baixo (4,6%) e formas de pagamento (0,6%).
Nesse cenário, Carolina Barcelos também destaca a importância de utilizar os recursos disponíveis, inclusive relacionados à tecnologia, para as vendas na Páscoa.
“Neste momento em que estamos vivendo em que boa parte do comércio está com restrições no funcionamento, é muito importante que o empresário aposte nos recursos que a gente tem disponíveis hoje em dia: vendas on-line, utilização da força das redes sociais e dos canais de atendimento para poder alavancar as vendas nesse período”, destaca ela, citando também o delivery.
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