Mais da metade da população de BH faz planejamento financeiro

Antes de gastar dinheiro, 64,8% da população de Belo Horizonte têm o hábito de fazer um planejamento financeiro. Os dados são de uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Inteligência & Pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG), e mostram ainda que 35,2% não se planejam financeiramente, o que pode impactar negativamente no bolso.
De acordo com a pesquisa, apesar do planejamento financeiro ser uma realidade para a maioria das pessoas entrevistadas, apenas 25,9% da população de Belo Horizonte consegue cumprir com o planejado. Além disso, nem sempre o que consta nessa organização, sairá, de fato, à risca.
Segundo 28,7% dos entrevistados, o plano dá certo de forma parcial. Outros 10,2% até planejam o orçamento, mas não conseguem seguir com o proposto. A pesquisa ouviu 401 pessoas de vários bairros da Capital.
A economista da Fecomércio MG Gabriela Martins destaca o avanço do consumidor no planejamento dos gastos mensais, mas também ressalta que há uma proporção significativa daqueles que planejam e não conseguem cumprir o esperado.
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“Essa movimentação pode estar atrelada ao aumento de preços de um dos grupos de produtos mais demandados entre as famílias: a alimentação. Desta forma, a parte da renda destinada a esta cesta de consumo se torna ainda maior, prejudicando o poder de compra familiar”, diz.
Além disso, a pesquisa mostrou que 44,83% dos entrevistados conseguem fazer um planejamento financeiro familiar e ainda sobra algum dinheiro, enquanto 31,03% pagam as contas em dia, mas não sobra nada.
Interesse por empréstimo financeiro é menor
O estudo também revelou que o número de pessoas que buscam empréstimos para completar o orçamento caiu de 17,03% em 2024 para 6,90% em 2025.
Quando o orçamento não cobre os compromissos financeiros, 29,4% dos entrevistados optam por realizar serviços extras, enquanto 27,2% afirmam que nunca passaram por essa situação.
O cartão de crédito é o principal meio de pagamento utilizado pelos entrevistados, citado por 46,6%, seguido pelo cartão de débito (22,2%), Pix (19,7%) e compras somente em dinheiro (11,5%).
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Veja quais são os principais gastos do mês da população de Belo Horizonte
- despesas com alimentação/supermercado (53,8%)
- conta de luz (49,0%),
- conta de água (48,0%),
- aluguel (40,5%)
- plano de saúde (16,5%)
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