Mais de 1,2 milhão de mulheres investem na B3

A presença feminina na Bolsa brasileira teve alta de 47,9%, nos últimos dois anos, e as mineiras estão no pódio nacional de investidoras, com mais de 120 mil contas abertas
Com o crescimento do número de investidores pessoa física na Bolsa de Valores brasileira (B3), as mulheres também passaram a ocupar cada vez mais espaço entre aqueles que decidiram investir.
A representatividade feminina na B3 vê uma taxa de crescimento acelerada, com alta de 47,9% desde 2020, alcançando mais de 1,2 milhão de CPFs cadastrados. Segundo a última edição do XP Monitor, elas correspondem a 23,9% do total de investidores pessoas física na Bolsa brasileira (5,2 milhões), com uma ascensão vertiginosa a partir de 2018. “As mulheres têm papel de grande relevância na sociedade e na economia. Perceber que elas têm voltado seu olhar para a Bolsa, como forma de viabilizar seus projetos, só confirma o potencial desse público e desafia todo o mercado a buscar soluções que atendam seus objetivos”, afirma a líder da XP Inc. em Minas Gerais, Jéssica Oliveira.
As mineiras estão entre as mulheres que mais investem nesta classe de ativos no país. São mais de 120 mil investidoras – o terceiro estado em números absolutos, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro –, que correspondem a 23,4% do total de contas em Minas Gerais no período. O saldo médio aplicado por elas na Bolsa, atualmente, é superior a R$ 50 mil.
Para aquelas mulheres que desejam ingressar nessa modalidade de investimento, a especialista da XP dá dicas preciosas. “O mercado financeiro ainda é cercado por diversos mitos, que precisam ser esclarecidos. Não é necessário ter grandes quantias para começar. O primeiro passo é conhecer o seu perfil investidor e, a partir dele, encontrar os ativos que se encaixam aos seus objetivos. Hoje, é tudo feito de forma digital e descomplicada. Mas é sempre recomendável buscar conhecimento e orientação especializada para otimizar a tomada de decisão”, orienta Jéssica.
Representatividade também no ambiente profissional
Assim como o crescimento de mulheres que decidem investir, o cenário nas empresas do setor financeiro vem evoluindo para essas profissionais. Segundo levantamento realizado pelo time de Análise de Fundos da XP, elas representam 17,5% dos colaboradores em posições de decisão em gestoras de fundos.
Também existe uma preocupação com a atuação feminina em cargos de liderança nas organizações. De acordo com estudo “Mulher em Ação” divulgado pela B3, em 61% das 408 companhias de capital aberto no país não há participação feminina na alta direção e em 45% delas não há mulheres nos conselhos de administração.
Pensando em potencializar a presença feminina no mercado financeiro, a XP Inc. tem adotado ações estruturais que prometem mudar essa realidade. A companhia criou o MLHR3, coletivo que tem como objetivo adotar iniciativas e proporcionar melhores condições para que as mulheres consigam desempenhar todo seu potencial profissional e com isso, mudar o retrato atual do setor.
Com isso, a XP assumiu uma meta pública, de ter ao menos 50% de mulheres em todos os níveis hierárquicos até 2025. Para atingir esse objetivo, uma série de medidas foram implementadas, que incluem treinamento, mentoria, acompanhamento e todo suporte para acelerar o processo de inclusão de mulheres no mercado financeiro e em cargos de liderança. Segundo o último levantamento da companhia sobre equidade de gênero, realizado em dezembro de 2021, 33,46% de seus colaboradores são mulheres – um crescimento de quase 7 pontos percentuais em relação à janeiro do mesmo ano. O crescimento feminino em cargos de liderança foi ainda mais expressivo, alcançando os 120%.
A XP também lançou uma iniciativa para apoiar as mulheres a conquistarem mais espaço no mercado financeiro, custeando todos os valores do curso preparatório Ancord (Certificação Agente Autônomo de Investimento), além da inscrição para a prova às assessoras da rede de escritórios parceiros da XP.
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