Malha aérea doméstica será normalizada até o meio do próximo ano

Rio de Janeiro – A malha aérea doméstica do Brasil estará normalizada no fim do primeiro semestre de 2021, mas a internacional deve levar de três a quatro anos para voltar ao normal, alertou ontem o presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz.
“Do ponto de vista da malha doméstica, até o final do primeiro semestre estaremos com toda ela recomposta”, disse Sanovicz em evento virtual do jornal “O Globo” realizado ontem, pontuando que espera reação mais rápida no turismo.
No auge da crise causada pela pandemia da Covid-19, a malha doméstica chegou a operar com poucos destinos e teve quase 400 aeronaves paradas. O executivo destacou que a retomada da malha para voos internacionais deve demorar mais.
“Estamos sujeitos a uma série de temas como abertura de fronteiras, enfrentamento à crise sanitária, retomada econômica e normas regulatórias”, frisou o executivo, mencionando previsões de mercado de prazo de três a quatro anos para normalização mercado internacional.
A Abear espera novas medidas de apoio do governo ao setor nos próximos dias, disse ele. O governo já permitiu adiamento de pagamento de outorga por parte de concessionárias de aeroportos e ofereceu crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) às companhias aéreas.
“Nossa expectativa para os próximos dias é a publicação de uma nova MP (medida provisória) tratando de tributos que envolve não só aviação, mas toda cadeia produtiva”, disse ele. “Temos um tema pendente, que é uma grande renegociação de tributos”, ressaltou o presidente da Abear. (Reuters)
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