Economia

Malls entram na 1ª fase do Minas Consciente

Malls entram na 1ª fase do Minas Consciente
Crédito: Alisson J. Silva DiamondMall - 11/11/09

Antes previstos para serem reabertos somente após o controle da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), os shopping centers das cidades que aderiram ao programa do governo estadual, o Minas Consciente, já poderão funcionar novamente.

O anúncio foi feito ontem pelo secretário adjunto de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, em coletiva de imprensa virtual. A notícia foi bem recebida pelo superintendente da Associação dos Lojistas de Shoppings Centers (Aloshopping), Alexandre França, que aguarda, agora, o regresso também em outras regiões.

Embora a retomada d tenha sido sinalizada pelo Minas Consciente, ela deve respeitar o limite das chamadas ondas, ou seja, da fase de reabertura em que o município se encontra. Cada uma dessas ondas permite a abertura de lojas de determinados segmentos.

A onda branca, por exemplo, que é a primeira fase, não libera o funcionamento de estabelecimentos de vestuário. Sendo assim, os shoppings de cidades que ainda estão nessa etapa e não passaram para a onda amarela deverão manter as lojas desse segmento fechadas.

França destaca que, mesmo assim, a medida de retomada dos shoppings em alguns municípios trouxe bastante satisfação, pois o setor está precisando muito voltar às atividades. Além disso, diz ele, os centros de compras contam com várias medidas de segurança baseadas em protocolos internacionais.

Esses cuidados incluem a limitação do número de clientes, horário de funcionamento diferenciado, , limpeza diária do ar-condicionado, entre outros.
Agora, o superintendente diz que as expectativas são de reabertura do setor em outros locais, inclusive na Capital.

“A Prefeitura de Belo Horizonte está fazendo um trabalho maravilhoso, mas está na hora de voltarmos às atividades. Os shoppings populares, por exemplo, já puderam reabrir.

Os shoppings em Minas Gerais, que atualmente são 44, já demitiram 10 mil pessoas. Cerca de 5 mil lojas fecharam ou vão fechar antes da retomada. Muitas empresas já não conseguem financiamento”, diz ele.

E é justamente diante de todo esse cenário desafiador e de números cada vez mais baixos que os shoppings vão ter de reabrir as suas portas. Embora a medida seja um alento para o segmento, as expectativas ainda não são as melhores.

Conforme destaca França, o setor já teve uma perda de cerca de 60% das vendas em comparação ao ano passado. As expectativas são de que esse número diminua e chegue a uma perda de 25% até o Natal, “o que também é desesperador”, avalia ele.

Isso porque, mesmo com a retomada, o segmento irá trabalhar, em número de horas, 38% a menos por mês, em relação ao convencional. Além disso, como locais de entretenimento, como cinemas, continuarão fechados, o tempo das pessoas nos centros de compras também cai e, assim, diminuem as vendas por impulso.

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