Economia

Mandioca e milho: preços caem e deixam festa junina de 2025 mais barata em Minas

Queda no preço dos alimentos é justificada por condições climáticas mais amenas, principalmente, em Minas Gerais
Mandioca e milho: preços caem e deixam festa junina de 2025 mais barata em Minas
Foto: Reprodução/Adobe Stock

A maioria dos produtos da culinária para a festa junina estão mais baratos em 2025. Dados divulgados pela CeasaMinas nesta segunda-feira (23) mostram que os preços dos alimentos típicos da época chegam a apresentar queda de até R$ 1 na primeira quinzena de junho deste ano, quando comparados ao mesmo período do ano anterior, como é o caso do milho verde.

Segundo o levantamento, no ano passado, o quilo do milho verde custava R$ 2,71 e, neste ano, passou para R$ 1,64, representando uma queda de 39,5%. Outro alimento que ficou mais barato é a mandioca: o quilo caiu de R$ 1,87 para R$ 1,52 – uma redução de 18,7%. A batata-doce também registrou queda no período analisado – o quilo no atacado caiu de R$ 2,55 para R$ 2,26, uma variação negativa de 11,4%.

O chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Martins, explica que a redução nos preços é motivada, em grande parte, pelas condições climáticas mais amenas do primeiro semestre de 2025. “A situação deste ano foi bem mais favorável, quando comparado a 2024, que foi um ano de grandes chuvas. Produtos como milho verde e mandioca são produzidos em larga escala em Minas Gerais e, como não tivemos grandes chuvas, isso influencia”, aponta.

Martins também destaca que, no caso da mandioca, o preço já vinha mais baixo há alguns meses, tendência motivada pelo aumento da produção. “Como há alguns anos o preço da mandioca estava mais alto, o pessoal investiu mais e começou a produzir com mais qualidade. Então, com o aumento da oferta no mercado, o preço acabou caindo”, esclarece.

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Queda menos acentuada nos preços de outros alimentos

Outros produtos também estão mais baratos, mas com variações menos expressivas quando comparado à mandioca e ao milho verde. É o caso do milho de pipoca, que registrou queda de 17,4%; do feijão, com redução de 0,9%; e do amendoim, com queda de 0,3%.

Já o coco seco seguiu o caminho inverso e teve alta de 66,4%, com uma variação no preço de R$ 4,35 para R$ 7,24.

Conforme Martins, a expectativa é de que os preços não se alterem nos próximos 15 a 30 dias. “A tendência é que essa situação se mantenha, mas não é possível cravar ou fazer uma previsão muito longa, porque o preço dos produtos depende de condições climáticas”, finaliza.

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