Com manutenção da meta de déficit zero, Bolsa sobe mais de 1%

São Paulo – Em volta de feriado, a Bolsa renovou o seu maior patamar em dois anos nesta quinta-feira (16). O Ibovespa fechou em alta de 1,19%, a 124.639 pontos, maior patamar desde 29 de julho de 2021, segundo dados da CMA.
Na sessão, investidores repercutiram a manutenção da meta de déficit zero em 2024 pelo governo federal e dados mais fracos do mercado de trabalho dos Estados Unidos. Na manhã desta quinta, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou que a equipe econômica irá manter o objetivo trazer o déficit primário para patamar próximo de zero em 2024.
Já o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), deputado Danilo Forte (União-CE), disse que seu relatório trará meta de déficit primário zero em 2024 e que o governo mantém este objetivo para o ano que vem.
Apesar das sinalizações sobre a manutenção da meta, o economista-chefe da Azimut Brasil Wealth Management, Gino Olivares, disse em comentário enviado a clientes que o governo “tem pouca disposição para controlar as despesas, mas dificilmente escapará de fazer algum grau de contingenciamento, sob risco de desmoralizar completamente o arcabouço que ele mesmo promoveu”.
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Juros futuros
Os juros futuros voltaram a cair nesta quinta, em sintonia com o fechamento da curva de juros nos EUA, depois da divulgação de novos dados do mercado de trabalho americano e com a indicação de que o governo Lula manterá a meta de resultado primário zero para 2024.
No fim da tarde, o juro para janeiro de 2025 estava em 10,5%, ante 10,546% do ajuste anterior, enquanto a taxa para janeiro de 2026 estava em 10,21%, ante 10,278% do ajuste anterior. Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2027 estava em 10,34%, ante 10,41%, enquanto a taxa para janeiro de 2028 estava em 10,59%, ante 10,65%. O contrato para janeiro de 2031 marcava 10,97%, ante 11,02%.
Às 16h39, o rendimento do título do Tesouro americano de dez anos referência global para decisões de investimento caía 9,40 pontos-base, a 4,4433%.
Varejo em alta
As varejistas impulsionam a alta desta quinta no Ibovespa. O setor é um dos principais beneficiários da queda de juros futuros, pois ela tende a baratear o consumo. As ações da Casas Bahia subiram 13,46%, para R$ 0,59 cada uma. Já os papéis Magazine Luiza se valorizaram 24,43%, a R$ 2,19.
Os papéis das Americanas, que não fazem parte do Ibovespa, subiram 6,25%, a R$ 0,85, após divulgação do balanço de 2022 e do plano de negócios para os próximos anos.
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