Medicamentos têm reajuste de 10,89%

São Paulo – A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) do governo federal autorizou reajuste de 10,89% nos preços dos medicamentos.
O aumento, publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira (1º), já está valendo e pode ser aplicado a qualquer momento em farmácias e drogarias. A indústria, no entanto, afirma que os novos valores devem ser aplicados em meados de abril por causa dos estoques.
Já os especialistas indicam aos pacientes de uso contínuo que comprem os remédios o quanto antes, aproveitem programas de desconto do governo federal, das farmácias e dos laboratórios, e pesquisem muito antes de comprar.
O cálculo para atualizar os valores é feito uma vez por ano pela Cmed e tem como base a inflação acumulada em 12 meses até fevereiro no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou em 10,54%.
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Além da inflação, a Cmed também leva em conta outros três fatores, que analisam questões como a produtividade, a competitividade e o aumento de custos específicos para o setor farmacêutico.
Dois desses fatores já haviam sido divulgados há algum tempo e não iriam interferir no cálculo. Em relação ao último fator, o impacto ficou em 0,35%, de acordo com o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), totalizando o reajuste de 10,89%.
Diferentemente de anos anteriores, o reajuste será único e valerá para os três níveis de medicamentos definidos. Antes, dependendo da concorrência, o aumento do remédio era maior ou menor. A mudança deve prejudicar o consumidor, uma vez que os diferentes níveis eram uma forma de segurar a alta de preços de certos tipos de remédios.
Em nota, o Sindusfarma afirma que o reajuste não será automático nem imediato, pois há concorrência entre as empresas. “É importante o consumidor pesquisar nas farmácias e drogarias as melhores ofertas dos
medicamentos prescritos pelos profissionais de saúde”, recomenda Nelson Mussolini, presidente executivo do sindicato.
Em 2020, o governo adiou o reajuste no teto do preço de medicamentos por causa da pandemia de coronavírus no país. Em 2021, o aumento foi aplicado normalmente, como ocorre todo ano.
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