Economia

Mercado Central estima aumento de 15% nas vendas

Lojistas divergem com relação às expectativas de fim de ano
Mercado Central estima aumento de 15% nas vendas
Direção do Mercado Central estima crescimento de cerca de 15% no público neste fim de ano | Crédito: Charles Silva Duarte/Arquivo DC

Vários lojistas já estão com produtos natalinos nas vitrines e, para a direção do Mercado Central, a ceia de Natal desse ano deve ser mais farta que as duas últimas. Afinal, as famílias já voltaram a se reunir e o Natal 2022 vai ser uma retomada maior das confraternizações.

Donos de estabelecimentos do Mercado Central estimam um aumento nas vendas de cerca de 21% e alguns apostam em estoques menores em 2022 e divergem com relação ao aumento de público. Para Altair Souza, gerente do Empório Trilha do Sabor, a movimentação no Mercado Central está abaixo do esperado para esse período do ano. Ele acredita que as eleições e a Copa do Mundo  tiveram um papel importante nessa baixa procura por parte dos consumidores.

Mesmo assim, ele relata que os lojistas já estão se preparando para as vendas antes do Natal, mas não como antigamente. Souza conta que o abastecimento reduziu cerca de 70% dos estoques se comparado com anos anteriores. O gerente do empório acredita que os consumidores deixarão para fazer suas compras na última semana antes do Natal. Ele também diz que as pessoas estão economizando mais e, portanto, a ceia natalina não deverá ser tão farta como anteriormente.

Já para o supervisor de vendas do Empório Ananda, Eduardo Carlos de Campos, esse fim de ano tem tudo para ser melhor que os últimos dois anos. Na visão dele, as perspectivas já começaram a mudar no varejo. Ele estima que tanto a movimentação no Mercado Central quanto as vendas possam alcançar um crescimento de 21% no período. Campos reforça que os proprietários dos estabelecimentos do Mercado Central já estão entrando no clima natalino e as vendas já começam a se aquecer.

No caso do Empório Ananda, o abastecimento dos produtos é feito semanalmente, mantendo o mesmo ritmo há 64 anos. O supervisor de vendas afirma que está tudo em dia para que não falte nada aos clientes.

Dona da loja Ponto das Bebidas, Carolina Maciel é outra comerciante que está confiante em relação aos últimos meses do ano. Apesar de acreditar que o movimento no Mercado Central ainda está abaixo do que era anteriormente à pandemia, a lojista enxerga esse final de 2022 como o melhor dos últimos anos. Ela relata que mesmo assim está comprando apenas o necessário, ou seja, aquilo que vende. O abastecimento de produtos na loja ainda não retornou ao que era antes do início da quarentena, em 2020.

Mas Carolina ressalta que esse final de ano tem sido o melhor frente ao mesmo período dos últimos dois anos e com um aumento de 20% nas vendas em relação aos meses anteriores. Na visão dela, a ceia será mais farta neste Natal e uma das razões para acreditar nisso é a renovação da confiança das pessoas.

Sem otimismo na Feira dos Produtores

Na Feira dos Produtores, no bairro Cidade Nova, na Capital, a proprietária do açougue Condé Carnes, Vanessa Maximiliana Silva, não apresenta grandes expectativas em relação ao período natalino. Ela diz estar com receio em relação à movimentação das pessoas na feira e com as vendas nesse fim de ano. A causa do pessimismo, conforme explica, seria ainda a pandemia de Covid-19, somada ao atual clima de tensão na sociedade gerado pelo período eleitoral.

Para ela, as pessoas estão deixando de praticar as antigas tradições natalinas como a reunião e a ceia em família. Essa mudança, na visão de Vanessa, está gerando algumas consequências no comércio. O fim de ano ainda é a melhor época para os comerciantes, mas não como antigamente.  A proprietária do açougue também esclarece que vem notando uma diminuição no abastecimento de mercadorias nos últimos anos.

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