Mercado de consórcios cresce 6,2% em vendas Minas Gerais

O mercado de consórcios tem crescido no Brasil e consolidado como uma opção atrativa para aquisição de bens e serviços. De janeiro a outubro, o setor registrou um aumento de 6,2% nas vendas em Minas Gerais. Os dados fornecidos pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac) englobam os segmentos de imóveis, veículos pesados e leves, motocicletas e serviços.
Em Minas, o total das vendas passou de 303 mil para mais de 322 mil, contribuindo para que as cotas ativas no período superassem 1,1 milhão. Número 12% maior que o mesmo período de 2023 quando havia pouco mais de 993 mil cotas ativas.
Volume que o presidente regional da instituição, Vitor Bonvino, considera bastante expressivo. “Minas tem mantido 10% de participação nas cotas e agora superou o índice um pouco mais. É um Estado forte, rico e que mantém tíquete médio alto”, comenta.
Bonvino também atribui o crescimento à educação financeira que contribuiu muito para o planejamento familiar, além do cenário econômico favorável com baixo índice de desemprego e forte massa salarial.
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“O consórcio existe há muitos anos e há algum tempo temos registrado crescimento impactados por estes fatores. As pessoas estão planejando mais, pensando mais antes de gastar. Além disso, estamos com uma economia forte com taxa de desemprego baixa”, diz.
No Estado, o segmento “eletros/outros bens” que contempla eletrodomésticos, celulares, notebooks e mobiliários em geral para casa ou escritório, foi o que mais cresceu em vendas, registrando um aumento de 106%. Este ano, até outubro, foram 7,8 mil cotas vendidas contra 3,8 mil em 2023 no mesmo intervalo.
Os segmentos imóveis, veículos leves e serviços também cresceram. No setor imobiliário, a alta foi de 34%; em veículos leves 3,3% e serviços, 1,1%. Na contramão, os segmentos de veículos pesados e de motocicletas reduziram as negociações no período. O primeiro teve queda de 17,4%, e o segundo, de 3,5% em Minas Gerais.
“O setor imobiliário também tem atraído muita gente. Temos exemplos de pessoas que compram um consórcio de 20 anos. Ou seja, planejando o futuro”, comenta Bonvino.
Entretanto, em termos de número de cotas vendidas, o consórcio de veículos leves ainda é o mais procurado e o mais representativo da área, sendo responsável por quase metade das cotas negociadas (44,14%) no Estado. Ao todo, foram 142 mil em 2024 do total de 322 mil. O segmento é responsável também por 49,7% das cotas ativas no Estado. Ao todo, são 553 mil do total de 1,1 milhão.
O gerente de vendas de consórcio do Grupo Carbel, Helton Alves Gomes, confirma o crescimento neste tipo de negociação. Nas empresas do grupo, que revende nove marcas, a alta em vendas por consórcio foi de 22,4% até outubro deste ano. Enquanto em 2023 houve venda de 307 veículos com este tipo de negociação no período, este ano até outubro foram 376. Aumentando o volume de negócios de R$ 27,6 milhões para R$ 35,3 milhões, alta de 27,7%.
“O grupo acredita muito no sistema de consórcio. Temos investimentos altos e um marketing muito atuante nessa modalidade”, diz Gomes.
De acordo com o gerente, as pessoas entenderam que o consórcio é uma poupança e que possui custos mais baixos. “O consórcio possui uma taxa administrativa que fica mais barata se você comparar as taxas de juros de um financiamento. E ainda aceitamos o veículo usado como lance, que é um diferencial nosso”, completa.
Em tempos de taxas de juros em alta, o consórcio torna-se ainda mais atraente na opinião de Gomes: “Ele não tem taxa de juros, ele possui uma taxa de serviço que é mais baixa. O brasileiro começou a entender agora que o custo do dinheiro está caro e o consórcio se torna uma das opções mais corretas quando avaliado custos-benefícios”.
Negociações no Brasil atingem R$ 313 bilhões
As vendas realizadas em Minas Gerais contribuíram para que no encerramento do período compreendido entre janeiro e outubro, o sistema de consórcios registrasse o maior volume de vendas do País ao atingir 3,75 milhões de cotas vendidas este ano e 11 milhões de participantes ativos.
Conforme dados da Abac, o crescimento nacional registrado foi de 7,8% acima dos 3,48 milhões anotados no mesmo período do ano passado. Nos 11 meses do ano, o acumulado de negócios avançou 20,3% sobre os R$ 260,51 bilhões anteriores, chegando a R$ 313,48 bilhões neste ano.
A soma das adesões em todo o País originou-se de 1,45 milhão de cotas de veículos leves; 1,12 milhão de motocicletas; 817,37 mil de imóveis; 204,22 mil de veículos pesados; 107,12 mil de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 44,50 mil de serviços.
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