Economia

Mercado de importados segue aquecido

Mercado de importados segue aquecido
Crédito: Divulgação

A comercialização de veículos importados segue aquecida em Minas Gerais. As marcas filiadas à Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa), entre janeiro e julho, registraram a venda de 2.677 unidades representando um incremento de 52,3% quando comparado com o mesmo período do ano passado, que foi bastante afetado pela crise gerada com a pandemia de Covid-19. 

Em nível nacional, houve aumento da comercialização em 9,9%. O resultado, apesar de positivo, poderia ter sido ainda melhor. Porém, segundo a Abeifa, o desabastecimento – em nível mundial – de componentes e peças interferiu de maneira negativa na oferta de veículos.

Ao longo dos sete primeiros meses de 2020, em Minas Gerais, foram licenciadas 2.677 unidades, das quais 995 são importadas e 1.682 veículos são de produção nacional.

No Estado, em relação às 995 unidades importadas, nos primeiros sete meses de 2021, houve aumento de 10,3% sobre igual período do ano passado, quando a comercialização totalizou 902 unidades.  

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Dentre as marcas importadas, o destaque de vendas foi a BMW, que somou 189 unidades entre janeiro e julho, avanço de 75% se comparada com as 108 registradas em igual período do ano anterior.

Alta também nas vendas da marca Porsche. Ao todo, foram 205 unidades, ante 152, diferença positiva de 34,9%. Da marca Mini o aumento nas vendas chegou a 36,6% e somou 56 unidades. A comercialização dos veículos Volvo cresceu 40,6% e encerrou os primeiros sete meses de 2021 em 291 unidades. 

Entre as quedas, a maior foi registrada na marca Chery, que ao contrário do ano anterior não vendeu nenhuma unidade. Veículos Jac somaram 2, queda de 75% frente aos sete primeiros meses do ano anterior. Retração de 37,5% foi verificada na marca Kia, cujas vendas caíram de 160 unidades para atuais 100. A demanda pelos carros Jaguar retraiu 73,7%, com a venda de apenas 10 unidades. 

Já entre as marcas importadas, mas com fabricação nacional, a comercialização cresceu 97,2% em Minas Gerais. Entre janeiro e julho, foram 1.682 unidades comercializadas, ante as 853 registradas em igual período do ano anterior. No Brasil, a produção nacional das associadas à Abeifa acumula, no mesmo período, 26.151 unidades licenciadas contra 14.536 unidades dos primeiros sete meses de 2020, alta de 79,9%.

Em nota, o presidente da Abeifa, João Henrique Oliveira, ressaltou que os resultados são positivos, porém poderiam estar melhores. Desde o ano passado, o setor automobilístico no mundo vem enfrentando problemas com abastecimento, principalmente, no que se refere a componentes eletrônicos e peças. Este fato tem limitado a oferta dos veículos, o que interfere nas vendas. 

“As empresas filiadas, também fabricantes locais, obtiveram resultados muito expressivos em julho. Para as importadoras, porém, as vendas foram inibidas por falta de vários modelos. O desabastecimento instável de peças e de componentes ainda tem impactado a produção de nossas matrizes”.

Apesar da menor oferta, a tendência é de resultados positivos para os próximos meses. “Entendemos que o setor consegue se recuperar nos próximos meses porque há uma demanda reprimida”, disse.

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