Economia

Mercado Livre investe em expansão operacional em Contagem

Aporte consiste na descentralização das operações no município; cross-docking será transferido para outro endereço
Mercado Livre investe em expansão operacional em Contagem
A intenção do Mercado Livre é investir cerca de R$ 23 bilhões no Brasil em 2024, volume recorde e 21% superior ao de 2023 | Crédito: Divulgação / Mercado Livre

O Mercado Livre está investindo em uma nova estrutura em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), para abrigar uma de suas duas atividades no município. O investimento, de valor não revelado, resultará em uma expansão operacional da empresa.

Atualmente, o maior ecossistema de comércio eletrônico da América Latina opera em um mesmo local da cidade, um cross-docking e um service center. Ambos são operações menores que recebem as mercadorias e as redirecionam, de maneira rápida, para a entrega ao consumidor final, ou seja, não há armazenagem dos produtos, como ocorre nos centros de distribuição.

Nesse momento, a companhia trabalha na transferência do cross-docking para outro endereço de Contagem, em uma área com mais de 29 mil metros quadrados. Já o service center permanecerá onde está hoje, ocupando ainda o espaço deixado pelo deslocamento da primeira atividade. A plataforma não disse quando o planejamento será concretizado nem se haverá novas contratações.

Em Minas Gerais, o marketplace emprega milhares de colaboradores. A maioria dos funcionários integra o quadro de pessoal dos centros de distribuição de Extrema, na região Sul do Estado, e de Betim, na Grande BH. Os dois equipamentos foram inaugurados entre os anos de 2021 e 2022. 

Na semana passada, o vice-presidente sênior do Mercado Livre no Brasil, Fernando Yunes, se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Brasília. No encontro, ele apresentou ao governo federal o plano de investimentos do grupo para o País e a perspectiva de admissões.

Previsão de aporte recorde para o Brasil em 2024

A intenção da empresa é investir R$ 23 bilhões no mercado brasileiro em 2024, volume recorde e 21% superior ao de 2023. A cifra reforça uma aceleração no ritmo de investimentos anuais do grupo no País, desenvolvida em parte pelo aumento da demanda por produtos on-line a partir da pandemia. Em 2019, ano que antecedeu a crise sanitária, o aporte foi de R$ 2 bilhões.

A área de logística será o principal foco das inversões, com o propósito de gerar mais agilidade nas entregas e expandir a presença da companhia nas regiões brasileiras onde está menos presente. Nesse sentido, além da nova estrutura em Contagem para operação de cross-docking, o número de centros de distribuição do marketplace no Brasil subirá de dez para 13 neste ano. Os três novos empreendimentos serão abertos nos estados de Pernambuco, Porto Alegre e Brasília.

O grupo também pretende alocar recursos em tecnologia, especialmente por meio da contratação de mais colaboradores. Já na fintech Mercado Pago, a ideia é de lançar novos produtos nos segmentos de crédito, seguro e investimento. Enquanto em publicidade, no Mercado Ads, a plataforma quer criar novas ferramentas que possam atrair mais audiência para os anunciantes.

Um dos objetivos do Mercado Livre é continuar ganhando participação no mercado brasileiro, em que atua há 25 anos. Mais de 50% da receita anual da companhia já é conquistada no País. Além do Brasil e da Argentina – onde foi fundada em 1999 – a empresa opera em outros 16 países.

Ampliação do quadro de pessoal no País em 28%

Ao passo que acelera os investimentos e expande a atuação, a companhia projeta contratar cerca de 6,5 mil novos funcionários no Brasil neste ano – excluindo terceirizados e temporários. Caso o plano se concretize, o Mercado Livre estará aumentando em 28% o quadro de pessoal da empresa no País, para 29,2 mil empregados – há cinco anos, eram menos de 3 mil trabalhadores.

Da quantidade de admissões estimada para o mercado brasileiro, a principal área de recrutamento do marketplace para 2024 também deverá ser a de logística, com previsão de 5,2 mil admissões. Já a divisão de tecnologia, sediada em Santa Catarina, deve empregar mais 875 profissionais.

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