Economia

Mercado Novo desmente queda no movimento após denúncias de supostos maus tratos a gatos

Administração afirma ter tido fluxo normal durante a semana, e releva lançar campanha de conscientização em janeiro
Mercado Novo desmente queda no movimento após denúncias de supostos maus tratos a gatos
Crédito: Divulgação

Por todos os lados, no estacionamento ou até mesmo nos corredores em frente às lojas, é possível esbarrar com um, dois ou até mais gatos passeando pelo Mercado Novo. Este é um cenário bastante comum para quem tem o costume de frequentar o empreendimento localizado no hipercentro da capital mineira. 

Há quase dez dias, o complexo foi alvo de denúncias anônimas junto aos veículos de imprensa do qual apontam maus tratos e até mortes de gatos que vivem pelos pavilhões do prédio. No entanto, com tamanha repercussão do caso, surgiram notícias falsas nas redes sociais informando que o Mercado Novo estaria em situação preocupante de abandono por parte do público.

Em entrevista ao DIÁRIO DO COMÉRCIO, o administrador condominial do Mercado Novo, Rômulo Guimarães Fonseca, afirmou que ao contrário do que está sendo espalhado, os lojistas não estão sendo impactados pelas denúncias anônimas que ocorreram nos últimos dias. 

“Essas denúncias foram feitas a uma rádio local, que sem nenhuma prova divulgou que estaria ocorrendo maus tratos de gatos aqui. Depois a repercussão cresceu nas redes sociais, porém isso nunca aconteceu aqui. Inclusive nosso movimento nunca foi prejudicado. Temos clientes de anos que vem aqui, e o Mercado Novo é muito bem frequentado pelos jovens aos fins de semana”, disse.

Para tratar sobre iniciativas de conscientização, na sexta-feira (16), o setor de Zoonoses da Secretaria de Saúde de Belo Horizonte se reuniu com representantes do Mercado Novo. O encontro também aconteceu para que fossem discutidas as ações necessárias de proteção e controle dos gatos que vivem no espaço. Enquanto isso, nesta semana, a Polícia Civil abriu inquérito para investigar as supostas denúncias anônimas junto a Delegacia Especializada de Investigação de Crimes contra a Fauna.

Fonseca conta que é muito comum, a população abandonar os animais nas imediações e portas do empreendimento. “Há pessoas que aos finais de semana, costumam passar de carro por aqui e deixam filhotes dentro de caixas de papelão. Quando chegamos deparamos com aquela cena, e não podemos deixá-los assim. Então, nesta situação, o que sempre buscamos fazer é acionar a Zoonoses para buscá-los, e serem tratados”, afirma.

Hoje, cerca de 150 gatos vivem pelos pavilhões do mercado. São espaços multiculturais, com espaços para galeria de lojas e alimentação. Segundo a administração, a presença de animais sempre dividiu a opinião dos comerciantes. “No entanto, quando acionamos o Zoonoses, cada um é levado para ser tratado, inclusive com vermífugos, e depois são castrados e microchipados, para que depois eles possam ser devolvidos para cá”, explica o administrador.

O administrador conta que uma das iniciativas adotadas pelo Mercado Novo foi de trabalhar a conscientização de lojistas. “Estamos nos organizando para lançar, junto com a Zoonoses e dois vereadores da cidade que atuam na defesa dos animais, uma campanha importante. Devemos lançar na segunda quinzena de janeiro. E, pretendemos também, promover a adoção de gatos e cães aqui no Mercado Novo”, adianta.

Glaucio Galvão é o proprietário da loja Gláucio Galvão Ceramista de Minas, que existe no local há dois anos. Ele afirma que toda a história gerada não tem atrapalhado os seus negócios. “O meu movimento não caiu e segue normal, já me preparando para a próxima semana quando teremos um fluxo maior por conta das vendas de Natal. E, por esse tempo que estou aqui, nunca vi maus tratos com nenhum gato, e todos respeitam”, afirma.

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