Minas Gerais concentra quase 10% dos brasileiros que trabalham remotamente para o exterior

De acordo com a Pesquisa Global Worker 2024, realizada pela fintech Husky, 9,4% dos profissionais brasileiros que trabalham remotamente para empresas estrangeiras são de Minas Gerais. O Estado é o terceiro do País com maior presença de “global workers“. Já Belo Horizonte concentra 8% desses profissionais que vivem em capitais brasileiras (52,7%).
O global worker é um profissional que trabalha remotamente para empresas estrangeiras, recebendo pagamentos em moeda internacional e gerenciando uma vida financeira global. Esses trabalhadores aproveitam a flexibilidade do trabalho remoto para atuar a partir de qualquer lugar do mundo, sem a necessidade de mudar de país.
Com um perfil geralmente voltado para a tecnologia e outras áreas de alta demanda global, os global workers equilibram suas carreiras internacionais enquanto mantêm raízes locais, optando, muitas vezes, por continuar vivendo no Brasil.
Minas Gerais se destaca no ranking
Minas Gerais se coloca em uma posição de destaque no cenário nacional, atrás apenas de São Paulo, que lidera com 37,4%, e Santa Catarina, com 10,4%.
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Esses profissionais mineiros fazem parte de um grupo predominantemente masculino (79,5%), com idade média de 33 anos, majoritariamente atuando na área de tecnologia. A pesquisa mostrou que 58,9% dos global workers brasileiros trabalham em Tecnologia da Informação (TI), e esse padrão se repete em Minas Gerais.
Preferência por residir no Brasil
Uma característica marcante dos global workers brasileiros é a preferência por continuar vivendo no País, apesar de trabalharem para o exterior.
A pesquisa indica que 98,2% dos profissionais que atuam remotamente para empresas estrangeiras optam por permanecer no Brasil, sendo a proximidade com a família e amigos a razão mais citada, por 43,5% dos entrevistados.
Além disso, a valorização do salário em reais foi mencionada por 30,1% dos profissionais como um fator decisivo para essa escolha.
Menos filhos e mais pets
Os global workers brasileiros tendem a ter menos filhos e mais pets em comparação com a média da população. Segundo a o levantamento, apenas 28,7% desses profissionais têm filhos, com uma clara diferença entre os gêneros:
- 33,1% dos homens são pais,
- enquanto apenas 2,3% das mulheres têm filhos.
Em contraste, a presença de animais de estimação é significativamente maior, com quase 60% dos global workers possuindo pets. Os cães são os preferidos, presentes em 32,1% dos lares, seguidos pelos gatos, que estão em 17,8% das residências, e 6,2% dos profissionais convivem com ambos.
Conforme a pesquisa, esses dados refletem um estilo de vida que valoriza a flexibilidade e a companhia de animais, em função das demandas de uma carreira internacional e da preferência por um estilo de vida mais independente.
Veja mais dados da pesquisa
Educação: em Minas Gerais, assim como no restante do Brasil, a educação dos global workers é um ponto forte. 80,7% possuem ensino superior completo, e aproximadamente um terço desse grupo investiu em pós-graduação ou MBA.
Setor de atuação: a predominância da área de tecnologia é clara, com especializações em:
- Ciência da Computação,
- Sistemas de Informação,
- Análise de Sistemas
- e Engenharia da Computação liderando entre os profissionais mineiros.
Domínio de idiomas: o domínio de um segundo idioma é praticamente universal entre esses profissionais, com 96,7% possuindo conhecimento em outra língua além do português, sendo o inglês o mais comum.
Empresas de médio porte: a pesquisa também apontou que 52,4% dos global workers brasileiros estão empregados em pequenas e médias empresas, com até 200 funcionários.
A pesquisa Global Worker 2024 foi conduzida pela Husky, uma fintech brasileira especializada em pagamentos internacionais, e buscou traçar um panorama detalhado dos brasileiros que trabalham remotamente para empresas estrangeiras.
O levantamento foi realizado por meio de um questionário on-line, que ficou disponível entre os dias 18 e 29 de abril de 2024. O questionário, composto por 118 perguntas, foi divulgado por e-mail e redes sociais, recebendo respostas de 1.600 participantes, dos quais 1.154 são global workers que atualmente trabalham para o exterior.
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