MG deve ter injeção de R$ 19,5 bi do 13º

O pagamento do décimo terceiro salário deverá injetar cerca de R$ 19,5 bilhões na economia de Minas Gerais até o fim deste ano. O número representa aproximadamente 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. As estimativas foram divulgadas ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Ao todo, 8,668 milhões de pessoas deverão receber o benefício em Minas Gerais. Os empregados formais correspondem a 58,8% e deverão receber juntos R$ 12,7 bilhões, ou seja, 64,9% do valor total.
Dentro desse grupo, os assalariados dos setores público e privado representam 56,6% dos indivíduos e irão receber R$ 12,4 bilhões do valor total, o que corresponde a 63,8%. Os empregados domésticos com carteira assinada, por sua vez, são 2,2% dos trabalhadores formais e terão direito juntos a R$ 218,3 milhões relativos ao décimo terceiro salário (1,1% do valor total).
Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) representam 41,2% dos que receberão o benefício e deverão embolsar R$ 4,7 bilhões (24,3% do valor total). Nesse grupo, os aposentados e pensionistas do regime próprio do Estado vão receber R$ 1,7 bilhão (9,2% do valor total). Já os do regime próprio do município embolsarão 1,6% do valor total, ou seja, R$ 312 milhões.
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As pessoas que terão direito ao décimo terceiro em Minas Gerais representam 10,8% do total do Brasil e 22,9% do Sudeste. A região, aliás, segundo os dados do Dieese, será a que receberá a maior parcela do benefício distribuído pelo País (48,5%), por conta da sua capacidade econômica e consequentemente maior número de postos de trabalho formais, além de concentrar mais aposentados e pensionistas.
Os dados da entidade revelam ainda que, em termos médios no País, o décimo terceiro salário corresponde a um valor de R$ 2.967 e, em Minas Gerais, de R$ 2.006,83.
Recebem mais no Brasil, em geral, as pessoas que trabalham no setor de serviços (R$ 3.433). Já o menor valor, por sua vez, é o recebido por aqueles que atuam no setor primário (R$ 1.844).
Cálculo – Para chegar até as estimativas, o Dieese utilizou dados do Ministério da Economia, tanto os da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) quanto os do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged).
Além disso, também foram usados números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Previdência Social e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
A entidade não levou em consideração assalariados que não têm a carteira assinada, trabalhadores autônomos ou similares, que porventura possam receber alguma quantia a mais no fim do ano. Isso porque, de acordo com o Dieese, não existem dados disponíveis sobre isso.
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