Minas Gerais é o terceiro estado com mais roubos de carga no Brasil

Minas Gerais é o terceiro estado do País com maior prejuízo em roubos de carga, representando 14,2% do total nacional, segundo dados da NSTech, empresa de software para a cadeia de suprimentos. O levantamento é referente ao primeiro semestre de 2024. O Estado segue um padrão já observado em 2023, quando São Paulo (47,2%) e Rio de Janeiro (18,7%) também lideraram o ranking.
O estudo “Análise de Roubo de Cargas” revela que as áreas urbanas de Minas Gerais concentram 46,5% dos prejuízos com roubo de carga, com produtos diversos e gêneros alimentícios sendo os mais visados, somando 55,9% das ocorrências.
Além das áreas urbanas, as rodovias que passam por Minas também são alvos frequentes de ocorrências. A BR-381 foi destacada como a segunda rodovia mais perigosa do País em 2024, com 7% dos prejuízos, logo após a BR-116, que lidera o ranking com 12,3% dos prejuízos nacionais.
“Temos pontos de atenção latentes, com situações se repetindo ao longo dos anos e que precisam ser corrigidas. Por isso, é importante externalizar esses dados ao mercado logístico para que os players possam tomar ações mais estratégicas no problema do roubo de carga”, comenta o head de visibilidade e gerenciamento de riscos da NSTech, Diego Gonçalves.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
Cenário nacional de roubos de carga
No âmbito nacional, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais respondem por 81,4% dos prejuízos totais com roubos de carga no Brasil. A BR-116, especialmente nos trechos que cortam Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, foi a rodovia com maior incidência de sinistros, registrando um aumento de 5,6% em relação ao mesmo período de 2023.
“A região Sudeste continua sendo a com maior índice de roubo de carga, e as mercadorias mais roubadas permanecem as mesmas”, acrescenta Gonçalves.
A tendência de roubos de cargas diversas/fracionadas e alimentícias foi predominante nos primeiros seis meses de 2024, principalmente em janeiro e junho, quando esses produtos representaram 76,3% e 98,2% dos prejuízos, respectivamente.
Apesar do cenário desafiador, há sinais de melhoria em algumas rotas, como a BR-050, que reduziu sua participação nos prejuízos nacionais de 7% em 2023 para 2,4% em 2024. Contudo, as regiões Sudeste e Sul permanecem como as mais vulneráveis.
Ouça a rádio de Minas