Micro e pequenas empresas alavancam saldo de empregos

As micro e pequenas empresas (MPE) foram responsáveis por mais de 80% do saldo de empregos gerados em Minas Gerais em julho. A diferença entre as admissões e as demissões feitas pelo segmento naquele mês foi de quase 28 mil vagas. Já quando considerado o acumulado dos primeiros sete meses deste exercício, o saldo foi de 14,8 mil postos de trabalho, o que representa quase 70% da geração de vagas no Estado.
De acordo com levantamento feito pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas) com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, trata-se do maior resultado para o período desde 2012. E na avaliação da analista da Unidade de Inteligência Empresarial da entidade, Gabriela Martinez, reflete a recuperação dos negócios e da economia, após os períodos mais críticos causados pela crise imposta pela pandemia.
“No ano passado tivemos muitos pequenos negócios demitindo em função do cenário e da própria incerteza quanto ao que ainda estava por vir. Agora, com o avanço da vacinação e a melhora de outros índices econômicos, os empresários estão se mostrando mais confiantes e voltando contratar”, diz.
Prova disso são as comparações com os desempenhos em momentos anteriores. No caso da geração de emprego pelas MPEs em julho, foi observado aumento de quase 8% em relação a junho. Já na comparação com julho de 2020, o crescimento do saldo foi de 143%. Já no acumulado do ano, o resultado do ano anterior ficou negativo em 71,8 mil empregos.
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Gabriela Martinez lembra que este foi o terceiro mês consecutivo de alta na oferta de vagas pelos pequenos negócios, o que confirma o aumento da confiança do setor na retomada de suas atividades, como tem demonstrado o Índice Sebrae de Confiança dos Pequenos Negócios (Iscon). Em julho, o índice ficou em 119 pontos, 4,7 acima do registrado em junho. Já o crescimento acumulado desde abril deste ano, é de 30 pontos.
Conforme o Sebrae, Minas Gerais segue em segundo lugar na geração de empregos pelas MPEs no País, atrás apenas de São Paulo, que registrou um saldo de 62 mil vagas em julho. Já entre os municípios brasileiros, Belo Horizonte aparece como terceiro colocado em nível nacional, com um saldo de 5,4 mil empregos, atrás do Rio de Janeiro (6, 8 mil) e de São Paulo (20 mil).
Entre os setores, o setor de serviços segue liderando a oferta de postos de trabalho entre as MPEs: 9,9 mil empregos em julho. Na sequência vêm comércio (7,8 mil), indústria (5,7 mil), construção civil (3,7 mil) e agropecuária (732).
Já no acumulado do ano, os números foram: serviços com saldo de 53,4 mil, comércio com 34,9 mil, indústria com 31,3 mil, construção civil com 22,4 mil e agropecuária com 6,3 mil.
Perfil
Mais de 46% das vagas (13 mil) criadas pelos pequenos negócios em julho foram ocupadas por jovens entre 18 e 24 anos. E cerca de 30% foram distribuídas entre pessoas de 25 a 39 anos. Além disso, o número de homens (15, 9 mil) empregados nas MPEs em julho supera em mais de 30% o de mulheres (11,8 mil). Mais de 70% das vagas foram ocupadas por quem tinha o Ensino Médio completo (20,3 mil).
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