Micro e pequenas empresas geram 60,7% do total de admissões em Minas

As micro e pequenas empresas (MPEs) seguem desempenhando um papel central na geração de empregos em Minas Gerais. Em julho, a categoria correspondeu por seis a cada dez admissões (60,7%) realizadas no Estado, segundo levantamento do Sebrae, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

No período, as MPEs registraram saldo positivo de 6.206 vagas, enquanto os grandes empreendimentos encerraram o mês de forma negativa (-2.650), considerando admissões e demissões. Com o resultado, o saldo positivo de empregos registrado em Minas Gerais foi totalmente atribuído ao setor, evidenciando o peso do segmento na dinâmica do mercado de trabalho.

Dentre os setores em destaque, o comércio liderou no saldo de empregabilidade, com 2.583 novas oportunidades, seguido pelo setor de serviços (2.162) e construção civil (1.699). Com 776 registros, a indústria de transformação surge em menor protagonismo, bem como a extrativa mineral (35).

Por outro lado, o levantamento aponta que o setor agropecuário apresentou resultado negativo (-1.049), obtendo mais demissões que contratações. O desempenho estaria relacionado à sazonalidade, já que o período entressafra reduz a produtividade e a rentabilidade dos negócios.

O comércio varejista em Minas Gerais, com predominância para a categoria alimentícia, foi a atividade que correspondeu pelo maior saldo de empregos (1.188). Em seguida, cultivo de alho (909), construção de edifícios (508) e serviços de escritório e apoio administrativo também performaram em destaque com relação às demais frentes de trabalho.

No acumulado anual, o saldo de empregos gerados pelas MPE de janeiro a julho foi de 104.505, correspondendo por 68,7% do total de vagas criadas no período. O indicador, segundo a entidade, confirma a importância desse segmento para a manutenção e expansão do mercado de trabalho em Minas Gerais.

No País, MPEs corresponderam por 8 a cada 10 contratações

A importância das micro e pequenas empresas foi ainda mais expressiva a nível nacional, correspondendo por oito a cada dez (80%) contratações realizadas, viabilizando mais de 103 mil empregos.

O presidente do Sebrae, Décio Lima, destaca a força do setor, que segue ampliando oportunidades de emprego em diferentes regiões do País. “As micro e pequenas empresas tiveram um salto para 80% das contratações, o que representa essa capacidade pujante que os pequenos negócios têm de gerar emprego e renda para a população. Uma verdadeira revolução com mais inclusão”, comenta.

No Brasil, em julho, o setor de Serviços foi o principal empregador entre micro e pequenas empresas, com 42,5 mil registros, seguido pela Construção e Comércio, com mais de 23 mil oportunidades cada. Atividades como transporte rodoviário de cargas, atendimento hospitalar, hipermercados e supermercados, fornecimento e gestão de recursos humanos e construção de edifícios figuraram entre as que mais contrataram.